27 DEZ 2024 | ATUALIZADO 22:10
POLÍCIA
Da redação
18/10/2018 08:15
Atualizado
13/12/2018 10:29

Cunhado confessa que matou menina de 12 anos por asfixia mecânica

O delegado Rafael Câmara revelou que "ele estrangulou ela" e que, na delegacia, ele disse estar arrependido; Paulo Batista de Sousa foi preso e apontou onde deixou o corpo da menina, que estava desaparecida desde o dia 18 de setembro
A menina Maria Carla, de apenas 12 anos, que teve seu corpo encontrado na zona rural de Apodi, foi assassinada pelo seu cunhado por asfixia mecânica. "Ele estrangulou ela", revelou o delegado Rafael Câmara, titular da delegacia de Apodi, em entrevista a Rádio Difusora de Mossoró nesta quinta-feira (18). Paulo Batista de Sousa foi preso na tarde de ontem, confessou o crime e apontou onde deixou o corpo, precisamente na localidade do Sítio Góis, muito distante da cidade.
 
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Em depoimento, o acusado disse que matou a menina por conta de desavenças familiares. O delegado Rafael Câmara pediu a prisão preventiva de Paulo Batista, que já está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) Apodi.

"O cunhado tinha desavenças com ela, era uma relação de altos e baixos, na verdade, tinha época que ele estava muito bem com ela e tinha época que eles discutiam brigavam, então por conta de uma desavença dessa ele premeditou o crime", disse Rafael.

Na delegacia, o acusou chegou a falar em arrependimento. "Ele falou que estava arrependido, mas como é uma pessoa muito dissimulada eu não tenho garantia desse sentimento dele não", disse o delegado. Durante as investigações, o acusado foi diversas vezes à delegacia e passou informações falsas na tentativa de despistar os policiais.

Rafael explicou que ao ser preso, o acusado apontou o local onde estava o corpo, mas atribuiu o crime a outra pessoa. "No decorrer do dia ele acabou vendo que não sustentaria essa mentira e acabou confessando", disse o delegado.

Paulo Batista, que tinha um relacionamento com uma irmã da vítima, responde a um processo na Justiça: ele é acusado de estupro de vulnerável. Isso porque quando ele começou a se relacionar com a irmã de Maria Carla ela tinha menos de 14 anos.

O delegado Rafael ressaltou que parte da família da menina, infelizmente, é desestruturada, tem ter problemas com álcool e inclusive tem acompanhamento do Conselho Tutelar.

Maria Carla estava desaparecida desde o dia 18 de setembro - hoje faria exatamente um mês do seu sumiço. A família informava que não havia motivo algum para ela sair de casa daquela forma. A última vez que foi vista, a menina teria pedido a uma pessoa para deixá-la na casa da irmã, na Baixa do Caic.

Com o passar dos dias, o desespero foi tomando de conta dos familiares e amigos. Em Apodi e nas redes sociais, populares ajudavam compartilhando a informação sobre o sumiço de Maria Carla. Infelizmente, nesta quarta-feira (17), a história teve um desfecho que ninguém queria.

"Foi um final que ninguém queria, a gente já tinha quase certeza que ela não estaria mais viva, mas é um final que a gente não queria, a gente como ser humano, como pai, é muito triste e serve de alerta para outros adolescentes selecionar muito bem suas amizades e desconfiar de quem se aproxima", conclui o delegado.

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