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POLÍCIA
Da redação
19/10/2018 13:44
Atualizado
14/12/2018 02:31

Júri Popular condena pistoleiro e absolve pai e filho pela morte do vereador de Assu Manoel Botinha

O julgamento aconteceu nesta sexta-feira (19), no Fórum Municipal de Mossoró; Em depoimento, o pistoleiro disse que não matou por dinheiro pois ganhava a vida assaltando bancos na região
Vereador Manoel Botinha, morto em 2015 | Arquivo Pessoal
O Tribunal do Júri Popular condenou um e absolveu dois acusados de matar o vereador de Assu, Manoel Ferreira Targino, Manoel Botinha, e pela tentativa de homicídio contra Francisco Adriano Bezerra, o Biano, em abril de 2015. O júri aconteceu nesta sexta-feira (19), no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró.

Foi condenado: o pistoleiro José Roberto Nascimento da Silva, conhecido como Feitosa. No plenário, ele confessou o crime e revelou que não matou Botinha por dinheiro. Disse que foi convencido por Sérgio Tavares (morto dois meses depois da morte de Botinha) a ir fazer uma cobrança de R$ 25 mil na oficina do vereador, em  Assu.

Feitosa ressaltou em seu longo depoimento no plenário do Tribunal do Júri, que não mata por dinheiro. Que não precisa e mesmo que precisasse não o faria. Assegurou que ganhava a vida fazendo assalto a banco, e antes de matar o vereador, havia feito três grandes assaltos, tendo ficado com R$ 180 mil em dois e mais R$ 110 mil em outro.

O assassino de Manoel Botinha disse que sabe onde tem dinheiro e tem coragem para ir buscar. Pelo assassinato do vereador assuense, Feitosa terminou condenado a 33 anos e 4 meses de prisão no regime fechado. Ele já cumpre pela pelos crimes de assalto a banco e aguarda julgamento por outras ocorrências.

Em vídeo, Feitosa confessa o crime e revela a motivação:



Durante seu depoimento aos advogados de defesa, Feitosa deixou a entender que o grande culpado pela morte de Manoel Botinha e pela tentativa de homicídio contra Biano. Disse que Valdete Veríssimo, que aguardou julgamento preso em casa, e Jalisson Veríssimo, que aguardou julgamento preso, não participaram do crime.
 
Ao final dos debates, o Conselho de Sentença, formado por 4 homens e 3 mulheres, inocentaram Valdete Veríssimo de Melo, de 45 anos, e seu filho Jalisson Veríssimo de Melo, de 26 anos. Inclusive, o Ministério Público pediu a absolvição dos réus. Tanto para os advogados de defesa, como para o Ministério Público Estadual, não haviam provas contra os dois.

Após os debates entre promotor de Justiça e os três advogados de defesa, o Conselho de Sentença, em sala secreta, votou pela condenação de Feitosa, nos termos pleiteados pelos promotor de Justiça, e pela absolvição de Jallinson e o pai dele Valdete Veríssimo, também nos termos pleiteados pelo Ministério Público Estadual.

Inicialmente o Ministério Público apontou a participação de oito pessoas no crime contra o vereador, motivado por uma briga de famílias na região do Vale do Açu que havia começado em 2013. O sétimo acusado é Weber Veríssimo de Melo, o Ebinho,e o oitavo não chegou a ser processado. É Sérgio Tavares, que foi executado 2 meses depois que Botinah foi morto.

O juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros informou que o júri de Ebvinho está marcado para novembro.

Lista de envolvidos na morte:
1) Itamar Veríssimo de Melo - condenado a 30 anos e oito meses de prisão
2) Douglas Daniel Morais de Melo - condenado a 25 anos e quatro meses de prisão
3) Joelma de Morais Ferreira - condenada a 28 anos e oito meses de prisão
4) José Roberto Nascimento da Silva - 33 anos e 4 meses de prisão
5) Valdete Veríssimo de Melo - absolvido
6) Jalisson Veríssimo de Melo - absolvido
7) Weber Veríssimo de Melo - júri marcado para novembro
8) Sérgio Tavares - assassinado 

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