01 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:23
VARIEDADES
Da redação
26/11/2018 11:47
Atualizado
13/12/2018 06:26

Diretor italiano Bernardo Bertolucci morre aos 77 anos

Com "O último imperador" (1987), levou o Oscar de melhor diretor (é o único italiano a ter levado o prêmio), melhor filme e melhor roteiro
O cineasta italiano Bernardo Bertolucci, diretor de filmes como o polêmico "Último tango em Paris" (1972), o premiado "O último imperador" (1987) e "Os sonhadores" (2003), morreu nesta segunda-feira (26) aos 77 anos.

De acordo com a imprensa italiana, ele estava em casa, em Roma, mas a causa da morte não foi revelada. O jornal "Corriere Della Sera" cita "uma longa doença".
Considerado o último grande mestre do cinema italiano, com filmes de forte teor erótico, político e psicológico, Bertolucci fez ainda obras-primas como "Antes da revolução" (1964), "1900" (1976), "O conformista" (1970).

Com "O último imperador" (1987), levou o Oscar de melhor diretor (é o único italiano a ter levado o prêmio), melhor filme e melhor roteiro. O longa faturou, ao todo, nove estatuetas. Em maio de 2011, ele recebeu uma Palma de Honra, no Festival de Cannes, pelo conjunto de sua obra.

Além de filmes de ficção, Bertolucci dirigiu documentários. Iniciou a carreira artística como poeta e também se destacou como roteirista. Assinou, por exemplo, "Era uma vez no oeste" (1968), de Sergio Leone.

Ele era casado desde 1978 com Clare Peploe.

No vídeo, gravado originalmente em 2013 mas republicado por uma ONG espanhola no final de 2016, Bertolucci conta que a atriz Maria Schneider (1952-2011), na época com 19 anos, não sabia de antemão o que aconteceria numa cena na qual Marlon Brando (1924-2004) usa manteiga como lubrificante.

A sequência é uma das mais famosas e polêmicas da história do cinema e intensificou a censura ao longa ao redor do mundo.

"A sequência da manteiga foi uma ideia que tive com Marlon na manhã anterior à filmagem", lembrou o diretor. "Fui horrível com Maria, porque não lhe disse o que iria acontecer". De acordo com ele, a intenção era fazer Schneider reagir "como uma menina, não como um atriz".

No vídeo, Bertolucci conta ainda que não voltou a ver a atriz depois das gravações do filme, porque "ela o odiava". Na época, o diretor afirmou sentir-se culpado pelo episódio, mas não arrependido. "Para fazer filmes e obter algo, às vezes precisamos ser completamente frios."

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário