Glendha Eulália Araújo Rocha, primeira estudante beneficiada pelo uso do nome social na instituição, transformou a terça-feira (18) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) em um dia histórico.
A resolução nº 22/2016 assegura que os estudantes transexuais ou de outros gêneros possam ter em seus históricos e documentos acadêmicos o nome pelo qual desejam ser chamados e que se identificam, substituindo o chamado “nome de registro”.
O aceite da utilização do nome social, por exemplo, contribui em uma melhor forma de tratar o (a) estudante, bem como de facilitar sua rotina acadêmica, sendo chamado (a) e respeitado (a) como deseja.
“Este momento representa a grande concretização do nosso trabalho, pautado na inclusão e transformação de vida”, afirmou o reitor Pedro Fernandes Ribeiro Neto, acompanhado pela vice-reitora Fátima Raquel, pró-reitores, diretores, docentes e técnicos-administrativos.
Agora formada em Geografia, ela tem em sua trajetória a marca de ser a única da família que terminou a graduação e, ainda, de ser a primeira na universidade a reforçar a importância da inclusão e do respeito à diversidade.
Seus sonhos não pararão na graduação. Glendha tentará o mestrado pela UERN e já fala em voltar.
“Não foi uma trajetória fácil, mas me mantive forte. Vou fazer a seleção do mestrado e espero voltar à Universidade como aluna de pós-graduação”, reitera.
Glendha Eulália foi personagem de capa da revista dos 49 anos da UERN.