O Tribunal do Júri Popular condenou o motorista Manoel Forte Neto, de 31 anos, a 18 anos de prisão em regime fechado por ter pilotado a moto para o pistoleiro José Dimas da Silva Martins, o Paulista, matar o mecânico de bicicleta Marcio Alves Gomes, às 13h30 do dia 21 de outubro de 2016, no bairro Aeroporto, zona oeste de Mossoró-RN.
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Marcinho da Oficina foi morto porque Manoel Forte Neto acreditava que ele planejava mata-lo. Daí, orientado por Lindérica Lopes da Silva (mãe), passou a planejar matar o mecânico. Lindérica mandou que ele procurasse o matador José Dimas para dá fim a vida de Marcinho Mecânico e fizesse isto logo.
Após o crime no dia 21, José Dimas (procurado por homicídios em Umarizal e São Paulo) se escondeu na casa de Raimundo Gilceon da Silva e Maria Naeide Vital, a Preta.
Os dois estava cientes que se tratava de um fugitivo de justiça, ao menos foi o que deixaram a entender falando ao telefone (interceptações autorizadas pela Justiça).
O crime foi esclarecido pela Divisão de Homicídios e Proteção da Pessoa (DHPP) em parceria com a Delegacia de Caraúbas, que estava investigando os suspeitos por crimes de assaltos, tráfico e homicídios na região de Caraúbas.
E nesta investigação haviam autorização da Justiça para grampear os telefones dos suspeitos, que terminaram revelando nas conversas entre eles toda a trama para matar Marcinho da Oficina.
Os dados das investigações foram compartilhadas com a DHPP de Mossoró, tornando claro como e porque Marinho da Oficina foi morto.
O julgamento do caso.
O primeiro a sentar no banco dos réus foi o pistoleiro José Dimas da Silva, o Paulista, de 21 anos (foto abaixo), em abril deste ano. O Conselho de Sentença decidiu pela condenação de 14 anos de prisão inicialmente em regime fechado.
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Depois Raimundo Gilceon da silva e Maria Naeide Vital, a Preta, acertaram suas pendências com a Justiça, ao aceitar um acordo onde pagaram uma pena pecuniária de R$ 939,00 cada.
Nesta quarta-feira, dia 19, na última reunião do Tribunal do Júri Popular em 2018, Manoel Forte Neto, sentou no banco dos réus e terminou condenado pela sociedade mossoroense a 18 anos de prisão.
O promotor Italo Moreira destacou que a tese levantada pelo Ministério Público estadual foi aceita pelos jurados na íntegra, apesar da forte contestação apresentada pelo advogado de defesa José Wellington Diógenes.
Do processo resta apenas Lindérica Lopes da Silva ser julgada pela sociedade Mossoró. Ela estava na pauta e no fórum nesta quarta-feira para ser julgada junto com Manoel Forte, mas como seu advogado faltou, ficou para ser julgada em outra ocasião.