O policial militar Fabrício Queiroz , ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não compareceu ao depoimentomarcado no Ministério Público do Rio (MP-RJ). Tratado como investigado, ele era esperado às 14h pelo Grupo de Atribuição Originária Criminal (Gaocrim) da Procuradoria-Geral de Justiça sobre as movimentações financeiras atípicas identicadas em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O depoimento foi adiado para a próxima sexta-feira, dia 21, às 14h.
Segundo o MP-RJ, sua defesa alegou que o PM teve "inesperada crise de saúde" nesta quarta-feira. O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, afirmou, ao entrar na sede do MP, que o ex-assessor não havia comparecido.
- Ele não veio - limitou-se a dizer, sem responder a nenhuma outra pergunta..
Em nota, o MP-RJ confirmou o adiamento do depoimento de Queiroz. Segundo o órgão, "os advogados de defesa de Fabrício comunicaram, no início da tarde desta quinta-feira, que não tiveram tempo hábil para analisar os autos da investigação e relataram que seu cliente teve “inesperada crise de saúde” e estaria em atendimento para a realização de exames médicos de urgência, acompanhado de sua família. Em razão disso, o advogado solicitou o adiamento das oitivas e requereu cópia dos autos da investigação".
De acordo com relatório do Coaf anexado às investigações Furna da Onça, Fabrício Queiroz teve movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro e 2017. As transações não configuram ilícitos por si só. A expectativa é que o ex-assessor explique ao MP a movimentação apontada pelo Coaf.