O médico Tiago Santiago, ginecologista e obstetra, fez uma grave denuncia nesta quinta-feira, 10, contra a saúde pública prestada pela Prefeitura Municipal de Mossoró-RN.
“Atendendo no SUS em Mossoró, temos que implorar por insumos e meios diagnósticos para adequado acompanhamento das nossas gestantes.
Advertimos às gestantes Mossoroenses que não tenham diabetes na gestação, pois a Prefeitura Municipal de Mossoró não vai lhes assistir integralmente.”
A denúncia do médico foi no Facebook e contou com vários comentários lamentando o fato e até fazendo recomendação de como agir do ponto de vista jurídico para salvar as crianças.
O advogado Renato Dumaresq, de Natal, recomendou ao amigo que orientasse as pacientes a procurarem por tutela judicial, através de advogados ou Defensoria Pública ou até mesmo do Ministério Público Estadual.
Renato Dumaresz citou um trecho da Constituição Federal.
Constituição Federal:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A questão piora para as mulheres que mora na zona rural de Mossoró, em localidades mais afastadas, como Cordão de Sombra II, que o médico não aparece por lá há mais de ano.
Na comunidade de Alagoinhas, a situação é ainda mais crítica. As mulheres precisam vir para Mossoró, por uma estrada ruim e quando chegam na cidade não tem assistência.
Por dia, no Hospital Maternidade Almeida Castro são realizados mais ou menos 20 partos. Sendo que 25% destes partos, a crianças nascem prematuras ou com baixo peso.
A principal causa destes nascimento prematuros e até com morte fetal é exatamente infecção urinária e muitos casos de mulheres com níveis altos de diabetes sem o tratamento adequado.