30 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:23
NACIONAL
AGÊNCIA O GLOBO
22/01/2019 18:51
Atualizado
22/01/2019 18:57

Mulher de miliciano trabalhou por mais de uma década no gabinete de Flávio Bolsonaro

De acordo com informações da Alerj, Danielle foi nomeada oficialmente em 6 de setembro de 2007, trabalhando ininterruptamente na equipe de Flávio Bolsonaro até 13 de novembro do ano passado, quando foi exonerada a pedido - terminologia utilizada quando o servidor pede sua desvinculação do cargo comissionado
Mulher de miliciano trabalhou por mais de 11 anos no gabinete de Flávio Bolsonaro
Domingos Peixoto / Agência O Globo

A mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia do Rio das Pedras e tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime , trabalhou por mais de 11 anos no gabinete de Flávio Bolsonaro . Danielle Mendonça da Costa foi nomeada poucos meses depois de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio investigado pelo Ministério Público, passar a integrar o gabinete na Assembleia Legislativa do Rio.

De acordo com informações da Alerj, Danielle foi nomeada oficialmente em 6 de setembro de 2007, trabalhando ininterruptamente na equipe de Flávio Bolsonaro até 13 de novembro do ano passado, quando foi exonerada a pedido - terminologia utilizada quando o servidor pede sua desvinculação do cargo comissionado.

A nomeação veio poucos meses depois da chegada de Fabrício Queiroz ao gabinete. O subtenente da reserva foi cedido à Alerj em 28 de março daquele ano, segundo informações da Assembleia. Após Flávio se eximir de responsabilidade pela manutenção da mulher de Adriano no gabinete , Queiroz, em nota, admitiu ter sido o responsável pela indicação de Danielle e da sogra dela, Raimunda Veras Magalhães - que passou a ocupar cargos ligados a Flávio Bolsonaro em 2015.

Segundo o ex-assessor, Adriano estava preso sob a acusação de homicídio na época em que Danielle foi nomeada: "Ademais, vale frisar que o Sr. Fabrício solicitou a nomeação da esposa e mãe do Sr. Adriano para exercerem atividade de assessoria no gabinete em que trabalhava, uma vez que se solidarizou com a família que passava por grande dificuldade, pois à época ele estava injustamente preso, em razão de um auto de resistência que foi, posteriormente, tipificado como homicídio, caso este que já foi julgado e todos os envolvidos devidamente inocentados", informa a nota divulgada pela defesa de Queiroz.


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