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NACIONAL
AGÊNCIA O GLOBO
21/03/2019 15:43
Atualizado
21/03/2019 15:43

Temer é chefe de organização criminosa há 40 anos, afirmam procuradores da Lava-Jato

Na decisão de determinou a prisão de Temer e de outras nove pessoas, o juiz da 7ª Vara Criminal Federal, Marcelo Bretas diz que "Michel Temer é o líder da organização criminosa", e o "principal responsável pelos atos de corrupção descritos"
O ex-presidente Michel Temer é o chefe de uma organização criminosa que atua há 40 anos no Rio, segundo a investigação da Lava-Jato

O ex-presidente Michel Temer é o chefe de uma organização criminosa que atua há 40 anos no Rio, segundo a investigação da Lava-Jato. No pedido de prisão do emedebista assinado pelo Ministério Público Feral (MPF) no Rio, os procuradores da Lava-Jato apontam que Temer e coronel Lima atuaram durante 40 anos em uma "parceria criminosa" que se perpetuou por décadas.

Na decisão de determinou a prisão de Temer e de outras nove pessoas, o juiz da 7ª Vara Criminal Federal, Marcelo Bretas diz que "Michel Temer é o líder da organização criminosa", e o "principal responsável pelos atos de corrupção descritos".

Bretas determinou a prisão do ex-presidente Michel Temer e seu ex-ministro das Minas e Energia Moreira Franco, além de coronel Lima e outras sete pessoas na manhã desta quinta-feira. Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram 10 mandados de prisão — oito preventivas e duas temporárias em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Brasília. A ação, denominada Descontaminação, é um desdobramento da Operação Radioatividade, que investiga desvios nas obras da Usina de Angra 3 e tem como base a delação do empresário José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que menciona pagamentos indevidos de R$ 1 milhão em 2014.

À PF, Sobrinho detalhou as negociações com o coronel João Baptista Lima, amigo de Temer e apontado como seu principal operador pelos investigadores, além das pressões sofridas para fazer pagamentos ao MDB. O MPF, na peça que sustentou o pedido de prisão de Temer, alegou que “foi possível demonstrar também que o dinheiro desviado dos cofres públicos serviu para custear reforma na casa de Maristela Temer, filha do ex-presidente da República, o segundo a ser preso depois de Luiz Inácio Lula da Silva.


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