19 MAR 2024 | ATUALIZADO 22:55
MOSSORÓ
DA REDAÇÃO
25/03/2019 16:11
Atualizado
25/03/2019 18:49

Marleide rebate Rosalba e diz: "A política não é propriedade dos políticos"

A questão é que, enquanto os professores fazem política e reivindicam melhorias salariais, a prefeita supõe que seu eleitorado e os moradores da cidade são incapazes de entender o mínimo sentido da palavra política
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (SINDISERPUM), Marleide Cunha, rebateu a insinuações de seguidores da prefeita Rosalba Ciarlini
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A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (SINDISERPUM), Marleide Cunha, rebateu a insinuações de seguidores da prefeita Rosalba Ciarlini, blogueiros que se submetem ao discurso do Palácio da Resistência para desviar do tema que realmente interessa aos mossoroenses e à educação local: a greve dos professores.

Para Rosalba, a greve é política, como se qualquer manifestação do tipo também não fosse. A simples intenção da prefeita dizer que a greve é política já se configura como um ato político. A questão é que, enquanto os professores fazem política e reivindicam melhorias salariais, a prefeita supõe que seu eleitorado e os moradores da cidade são incapazes de entender o mínimo sentido da palavra política.

Política para Rosalba não são manifestações da sociedade e da democracia, mas o que acontece em acordos e negociatas as quais o povo não tem acesso e a quem não é prestado conta. Marleide é a representante política dos professores, da busca pelo simples cumprimento do pagamento do piso, renegado por Rosalba em episódio pouco comum entre outras prefeituras brasileiras.

" Quer dizer que os políticos podem prostituir a política com suas negociatas e acordos que beneficiam seus interesses, mas os servidores públicos não podem fazer a pressão política em um mal gestor público que nega a população os seus direitos? ", pergunta Marleide. "Senhora prefeita e seus asseclas, vocês não são proprietários da política! A política é um instrumento do cidadão que participa ativamente da sociedade em busca do bem coletivo".

Nota-se que, indiretamente, a prefeita é relacionada à estultícia de seus blogueiros motivados por 30 caraminguás ao demonstrar que política não é uma atividade de grupos políticos, de oligarquia ou daqueles que mantêm seus seguidores em rédeas, a exemplo dos blogueiros que, além de néscios, tumultuam o debate. Afinal, é para isso que o dinheiro público (mais de R$ 3 milhões somente no ano passado) é destinado, enquanto moradores fazem pescaria com cooler e tudo nos buracos alagados da cidade.

Marleide, enaltecida por todos ante a pequenez de um Poder Legislativo que deveria vigiar para a garantia das manifestações democráticas em Mossoró, aprova um título estranho para uma concidadã que não está cometendo crime, além de reivindicar dado ao desrespeito a uma categoria fundamental e pouco prestigiada pelo poder público local.

" Portanto, senhora prefeita, a greve dos professores é política sim, enquanto instrumento de expressão da cidadania na luta pelo dever de valorizar a educação. Mas não é política no sentido da política doente e prostituída que boa parte dos políticos de nossa Mossoró executam", esclarece a presidente do Sindiserpum.


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