O ex-presidente Michel Temer deixou a Superintendência da Polícia Federal no Rio, no início da noite desta segunda-feira, às 18h42. O desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), decidiu nesta segunda-feira soltar Temer, o ex-ministro Moreira Franco e outras seis pessoas presas por decisão do juiz federal Marcelo Bretas. De acordo com Athié, os fatos citados por Bretas nos mandados de prisão são "suposições de fatos antigos" e não servem para justificar as prisões preventivas.
O ex-presidente foi detido no meio da rua, no Alto de Pinheiros, Zona Oeste, próximo à sua casa, na manhã de quinta-feira. Os policiais federais interceptaram o carro em que ele estava. Após anunciarem a prisão, um agente assumiu o volante e conduziu o veículo até o Aeroporto de Guarulhos.
Temer saiu de carro da sede da PF, e seguiu até o aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul do Rio, onde embarcará para São Paulo.
O ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco também deixou a Unidade Prisional da Polícia Militar, no bairro do Fonseca, em Niterói, na noite desta segunda-feira.
O Ministério Público Federal (MPF) anunciou que vai recorrer da decisão que concedeu a liberdade ao ex-presidente Michel Temer, ao ex-ministro Moreira Franco e outras seis pessoas presas na Operação Descontaminação. Os habeas corpus (HCs) foram acolhidos nesta segunda-feira (25) pelo desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2).
"O Ministério Público Federal vai recorrer contra a decisão liminar do desembargador do TRF2. A expectativa é recorrer para que os HCs sejam julgados pela 1ª Turma, se possível na sessão da própria quarta-feira (27), mas a decisão de quando pautar os HCs cabe ao presidente da turma", informou em nota o MPF.
Em nota, procuradores da Força Tarefa da Lava Jato disseram que recebem "com serenidade a decisão de revogação da prisão dos investigados. Reafirma que as razões para a prisão preventiva são robustas e consistentes, mas respeita a decisão liminar monocrática do relator. O MPF analisará as medidas judiciais que poderão ser tomadas."