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ESTADO
G1 PERNAMBUCO
04/04/2019 15:30
Atualizado
04/04/2019 15:30

Mãe de Brunninha quer conhecer família do doador do seu coração

A dona de casa afirmou que, em seguida, foi feito um exame de compatibilidade do órgão, que deu positivo. Evangélica, ela disse ter feito muitas orações. "Foi Deus quem conseguiu esse coração para Brunna", declarou
O transplante foi realizado na madrugada desta quinta, no Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), nos Coelhos, na área central da capital pernambucana
Reprodução/Google Street View

Horas depois do transplante, a mãe de Brunna Silveira Lopes, de 7 anos, estava ansiosa para poder ver a filha, que saiu do Rio Grande do Norte para ganhar um novo coração, no Recife. A menina está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A dona de casa Núbia Emanuela Barbosa, de 46 anos, contou ao G1, nesta quinta-feira (4), que quer conhecer a família de quem autorizou a doação do órgão.

O transplante foi realizado na madrugada desta quinta, no Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), nos Coelhos, na área central da capital pernambucana. Por nota, a unidade de saúde informou, durante a manhã, que a menina seguia internada na UTI em estado muito grave.

Em entrevista ao G1, por telefone, Núbia contou que tudo aconteceu de forma muito rápida. Assim que chegou à capital pernambucana com a filha, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), na quarta-feira (3), ela recebeu a informação da equipe médica de que havia sido doado um coração para a menina, que tem uma cardiopatia grave.

A dona de casa afirmou que, em seguida, foi feito um exame de compatibilidade do órgão, que deu positivo. Evangélica, ela disse ter feito muitas orações. "Foi Deus quem conseguiu esse coração para Brunna", declarou.

Para ela, agora começa uma nova fase na vida de Brunna, da família e de todos que acompanharam a luta da criança em busca do transplante. “O médico disse que vai me chamar para conversar e vamos saber como foi a cirurgia. Depois, começa a recuperação”, comentou.

Antes de conseguir o novo órgão, Brunna foi mantida viva por estar ligada a uma máquina de "oxigenação por membrana extracorpórea", conhecida como ECMO.

Segundo o médico Madson Vidal, que acompanha a menina no Rio Grande do Norte, ela nasceu com um problema chamado "transposição das grandes artérias" e passou por um cirurgia paliativa ainda quando bebê.

Paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), Brunna recebeu acompanhamento médico pela sua condição, mas, nas últimas duas semanas, precisou passar por um novo procedimento para melhorar a sua oxigenação. Segundo o médico, o tom de pele dela estava cada vez mais "roxo". Neste novo procedimento, no entanto, o coração não suportou a circulação, de acordo com Vidal.

Luta

O Imip foi acionado pelo Sistema Nacional de Transplantes para receber Brunna e ela entrou na lista de prioridade máxima para doação de coração. Antes disso, a Central Nacional de Transplantes e a Justiça haviam negado autorização para o transplante no Hospital Rio Grande, onde ela estava internada.

A situação gerou um desabafo do médico Madson Vidal, que repercutiu redes sociais. "Não se deveria fazer contas ou haver 'burocracias' para tentar salvar uma vida", disse.

Após uma mobilização de vários órgãos, foi viabilizada a transferência de Brunna para o Recife, em uma operação que envolveu 20 profissionais de diferentes áreas.

Na quarta-feira, antes de o coração compatível ser encontrado, o médico Fernando Augusto Figueira, do Imip, fez um apelo para que as famílias tomem conhecimento sobre a importância da doação de órgãos.


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