19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
POLÍCIA
17/04/2019 07:33
Atualizado
17/04/2019 07:50

Júri condena a 14 anos de prisão acusados de matarem jornalista de Caicó

F. Gomes foi morto por encomenda no dia 18 de outubro de 2010, na calçada de casa. A Polícia apontou que um consórcio foi formado pelo comerciante, pastor, oficial da PM, soldado, advogado e um soldado para contratar o pistoleiro que matou o profissional de comunicação
Gilson Neudo, de terno, continua na cadeia, por ter condenação por tráfico de drogas, enquanto que Lailson Lopes vai poder recorrer da sentença em liberdade
REPRODUÇÃO DA INTERTV

Terminou o julgamento dos acusados de planejarem e executarem o jornalista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, no dia 18 de outubro de 2010, em Caicó.

Os dois foram condenados a 14 anos de prisão.

O julgamento, que começou às 8h desta segunda-feira (15) no Fórum Municipal de Natal, terminou às 18h30 desta terça-feira (16), com a condenação dos réus.

O Tribunal do Júri Popular foi presidido pela juíza Eliana Alves Marinho. Já o Ministério Público Estadual foi representando pelo promotor de Justiça Francisco Flávio.

A defesa de Gilson Neudo Soares do Amaral foi feita pelo defensor público Serjano Torquato e a de Lailson Lopes, o Gordo da Rodoviária, foi feita pelo advogado Anesiano Ramos.

No primeiro dia de julgamento, foram interrogados as testemunhas e os dois réus. As testemunhas reafirmaram o que já haviam falado na instrução do processo.

Entre as testemunhas, foram interrogados delegados e agentes que investigaram o caso. A delegada aposentada Sheyla Freitas prestou um depoimento forte pela condenação.

O réu Gilson Neudo jogou a culpa em Lailson Lopes. Por sua vez, Lailson Lopes responsabilizou Gilson Neudo. O promotor de Justiça pediu a condenação dos dois por homicídio qualificado.

Segundo o promotor de Justiça, F. Gomes estava sentado na calçada de casa e não tinha se quer uma baladeira para se defender do pistoleiro Dão, que chegou de surpresa e já atirando.


Os debates encerraram na noite desta terça-feira (16) com a juíza Eliana Marinho convocou o Conselho de Sentença a Sala Secreta, para decidir pela condenação ou não dos réus.

Diante do que foi posto, os dois réus foram condenados a 14 anos de prisão cada. Gilson Neudo não vai recorrer da sentença. Volta para o sistema prisional.

Já Lailson Lopes vai poder recorrer da sentença em liberdade. O advogado pediu que o júri seja anulado, pois ele considera que não existe provas para condena-lo.

Não sendo anulado, o advogado disse que vai pedir que o Tribunal de Justiça reduza a pena de Lailson Lopes, que mesmo tendo a sentença confirmada, dificilmente retornar a prisão.


O Consórcio do crime

Além de Gilson Neudo e Lailson Lopes, o “consórcio” formado para matar o jornalista, segundo os investigadores, contou com oficial da PM, um PM, um advogado e o pistoleiro.

O pistoleiro João Francisco dos Santos já foi julgado e condenado a 27 anos de prisão. Está cumprindo pena. O advogado Rivaldo Dantas de Farias será julgado no dia 16 de maio.

O tenente coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira e soldado Evandro Medeiros não foram pronunciados. MPRN aponta que não existem provas suficientes contra os dois.


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