02 MAI 2024 | ATUALIZADO 15:34
MOSSORÓ
01/05/2019 11:40
Atualizado
02/05/2019 09:12

Projeto para tornar maternidade unidade de ensino é 1ª lugar em congresso

O projeto visa transformar o Hospital Maternidade Almeida Castro, de Mossoró/RN, em unidade de assistência, pesquisa e ensino. Com o trabalho, os autores conquistaram o prêmio máximo no 7º Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde.
Pesquisadores criam projeto que visa transformar o Hospital Maternidade Almeida Castro, de Mossoró/RN, em unidade de assistência, pesquisa e ensino e ganham prêmio máximo no 7º Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde.
FOTO: CEZAR ALVES

O projeto para transformar o Hospital Maternidade Almeida Castro, de Mossoró/RN, em unidade de assistência, pesquisa e ensino, foi classificado em primeiro lugar no 7º Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, realizado no Centro de Eventos no Ceará, em Fortaleza (CE), nos dias 29, 30 de abril e neste 1º de maio de 2019.

O projeto leva a assinatura de Larizza de Sousa Queiroz Lopes (Coordenadora da Intervenção Judicial na Maternidade Almeida Castro), Lorrainy da Cruz Solano (Enfermeira pesquisadora), Maria da Saudade de Azevedo Moreira Machado (Secretaria Municipal de Saúde), Nikellyne Keyke Maia Monteiro (Assessoria Técnica) e Ricardo Burg Ceccim (PHD da UFRGS).

A coordenadora da intervenção judicial no Hospital Maternidade Almeida Castro, Larizza Queiroz, explica que a instituição está sob intervenção judicial desde outubro de 2014.

A missão dos interventores é reestruturar a unidade, garantindo a assistência materno infantil de alta complexidade não só para Mossoró, mas para todo Oeste do Rio Grande do Norte.

Em outubro de 2014, o Hospital Maternidade Almeida Castro estava fechado, devido a inúmeros problemas ocasionados por denúncias gravíssimas de desvios de recursos públicos, equipamentos quebrados, estrutura física comprometida e servidores reclamando falta de pagamento. A intervenção foi decretada nas três instâncias da Justiça. É única no País.

Nos primeiros quatro anos de trabalho, foram instalados 180 leitos, sendo que pelo menos 50 dedicados ao atendimento de alta complexidade aos bebês que nascem prematuros, com baixo peso ou alguma patologia.

A missão agora é garantir a continuidade dos serviços, com independência financeira, através da pesquisa, do ensino associado a assistência.

Com este objetivo, foi elaborado o projeto “Maternidade-Escola em Rede: Assistência, ensino, pesquisa e apoio matricial para o nascer saudável em Mossoró/RN, com apoio técnico do PHD em saúde pública Ricardo Burg Ceccim, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Em 2018 76% dos partos realizados na maternidade foram cesáreos, 14,5% do total foram prematuros e pouco mais de 10% nasceram baixo peso, “números elevados que indicam a necessidade de investigação clínico-epidemiológico e avaliação aprofundada das estratégias locorregionais na atenção em saúde materna e também revisando o modelo assistencial em rede na saúde reprodutiva da mulher”, explica o projeto.

O objetivo central do projeto é desenvolver um modelo inovador, envolvendo as universidades públicas locais, secretarias municipais de saúde e também a Secretaria Estadual de Saúde, além de movimentos das mulheres, dos estudantes, professores e a população em geral, para melhorar o atendimento fim, pesquisar e melhorar a oferta de atendimento básico as mulheres em toda a região Oeste do Rio Grande do Norte.

Com os cursos profissionalizantes ofertados pelo Hospital Maternidade Almeida Castro, através do Instituto de Ensino, Pesquisa e Extensão (IEPE), o profissional de saúde desta região poderão aplicar as novas técnicas logo no dia seguinte que receber os conhecimentos, podendo assim apresentar resultados de imediato a saúde pública da região.

“O projeto Maternidade-Escola em Rede pretende se tornar referência especializada de modo integrador em saúde reprodutiva, materna e neonatal que abarque formação profissional, educação para a maternidade/paternidade responsável, parto seguro, nascimento saudável, ambiente assistencial e formador, suporte de informação e acolhimento para adolescentes, suporte para melhores e população trans vítimas de violência, entre outras ações, fortalecendo a resolutividade locorregional do SUS”, informa o projeto.

O projeto foi apresentado pela pesquisadora e professora Lorrainy Solano no VII Congresso Norte e Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde e XVIII Congresso do COSEMS/CE, no Centro de Eventos do Ceará neste dia 30 de abril, tendo sido classificado em primeiro lugar entre os projetos apresentados pelo Rio Grande do Norte, por sua grande abrangência e importância ao fortalecimento dos serviços prestados pelo SUS na região.

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