Durante o julgamento, que acontece nesta quinta-feira (02), a defesa de José Edilson Pereira da Silva, vigilante acusado de encomendar a morte do colega de trabalho, em Apodi, por R$ 300 reais, disse que o crime foi cometido pelo menor pistoleiro.
A vítima é o vigilante Francisco Cabral Neto, de 52 anos, do Instituto Federal de Educação Tecnológica de Apodi, assassinado às 6h15 do dia 11 de abril de 2017, na porta de casa.
Segundo o advogado Igno Kelly, o cliente Edilson até planejou matar a vitima, mas na hora teria desistido de cometer o crime e o menor teria dado continuidade sozinho, por vontade própria.
O PM Xavier, que é testemunha do caso, afirma que o menor realmente confessou que teria cometido o crime e teria detalhado como ele foi praticado. Ainda de acordo com o PM, a vítima, Francisco Cabral Neto, era uma pessoa pacata, que vivia de casa para o trabalho
A esposa de Cabral também prestou depoimento. Segundo ela, o réu havia pedido 50,00 reais emprestado à vitima, para comprar marmita. Disse também que os dois tinham um bom relacionamento e que, inclusive, a vítima teria aconselhado o réu a seguir na linha, fazer o trabalho correto para que pudesse ter uma chance.
Já sobre a humilhação que o réu alega ter sofrido por parte da vítima, a mulher disse que não era do feitio do esposo humilhar as pessoas.
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No crime, teve um terceiro envolvido, que também está sendo julgado nesta quinta-feira (02). Igor Vinícius de Lima Neres, o Bigulião, foi procurado por Edilson para matar a vítima, mas passou o “serviço” para o menor, que lhe devia R$ 100,00, referente a drogas.
Segundo o PM Xavier, Bigulião é filho de um PM aposentado da cidade de Apodi, e foi quem entregou a arma ao menor para cometer o crime.
Contudo, de acordo com a defesa de Igor “Bigulião”, que ficou a cargo de Sávio José de Oliveira, o cliente estava no Ceará no dia do crime. A defesa também afirma que a culpa do assassinato é do menor.
O menor se recusou a falar sobre o crime.
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Os trabalhos estão sendo presididos pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. O júri teve início as 8h30, com o sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença.
O Ministério Público Estadual, que está sendo representado pelo promotor de Justiça Ítalo Moreira Martins, irá pedir a condenação dos réus por homicídio duplamente qualificado.
A previsão é que o julgamento seja encerrado no final da tarde, quando o Juiz dará o veredito.
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