04 MAI 2024 | ATUALIZADO 10:43
ESTADO
22/05/2019 08:50
Atualizado
22/05/2019 08:50

Presidente da Codern revela dívida em torno de R$ 300 milhões na empresa

O almirante Elis Treidler Öberg fez a revelação em entrevista na manhã desta terça-feira (21). Segundo ele, a empresa passará por um “choque de gestão” que visa, principalmente, sanar as dívidas da empresa.
Na entrevista, o almirante também falou a respeito do Scanner necessário para o Porto de Natal e dos esforços que estão sendo feitos para consegui-lo.
FOTO: CEDIDA

Em entrevista na manhã desta terça-feira (21), o diretor-presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), o almirante Elis Treidler Öberg, revelou que a empresa possui dívidas que giram em torno de R$ 300 milhões.

Ainda de acordo com o almirante, a empresa, que é responsável pela administração do Porto de Natal, deverá passar por uma modernização, um “choque de gestão”, com o objetivo de sanear as contas da empresa.

Ao revelar o número, o almirante disse não querer analisar “decisões e dificuldades” das diretorias passadas, mas ressaltou que hoje a situação da Codern é de um fluxo de caixa negativo.

“Há um passivo expressivo que beira R$ 250 milhões a R$ 300 milhões a ser saldado, então isso tudo implica numa melhoria profunda, num choque de gestão na parte de administração e finanças da empresa”, disse.

Desde o início do ano o porto vem sendo alvo de apreensões de toneladas de drogas e ameaças de privatização, o foi um dos principais fatores que ocasionou as mudanças no local.

Treidler Ober assumiu a presidência da Codern em 22 de fevereiro desse ano. A estimativa dada por ele é que em meados de novembro próximo a empresa consiga atingir o equilíbrio financeiro para começar a investir em ações consideradas necessárias para o porto de Natal.

SCANNER

A respeito do scanner que estaria “encaixotado” no Porto de Natal, o presidente esclarece que o equipamento é “obsoleto”, precisa de reparos e não atende à necessidade de verificação de cargas para a identificação de drogas.

O equipamento, segundo o presidente, não é compatível com uma resolução de 2014, da Receita Federal, que estabelece as especificações que um scanner portuário deve ter.

Apesar disso, o diretor-presidente solicitou à Receita Federal o reparo do scanner para usá-lo no Porto de Natal “como um instrumento de ensino”, para definir com antecedência os procedimentos que serão usados quando a Codern adquirir o scanner definitivo.

“No que tange ao scanner definitivo, é uma aquisição cara, gira em torno de R$ 11 milhões e o que nós estamos fazendo é buscando parcerias com os atores envolvidos nas exportações de cargas, os fruticultores, operadores portuários, os armadores, no sentido de se obter uma parceria que possibilite a obtenção desse scanner adequado para o porto”, pontua o diretor-presidente.


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