Embora diga ser contra o aparelhamento e a indicação de apadrinhados para cargos públicos, o presidente Jair Bolsonaro colocou o amigo Carlos Victor Guerra Nagem para assessor da presidência da Petrobrás, com salário de cerca de R$ 55 mil.
Em janeiro, Bolsonaro havia defendido publicamente a indicação de Nagem para ocupar a gerência executiva da estatal, mas o processo foi barrado pelo comitê interno que avalia as nomeações por ele não cumprir os pré-requisitos para ocupar o cargo. No início deste mês, porém, ele foi nomeado para a assessoria da presidência da petroleira, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Nagem é funcionário de carreira da Petrobrás e antes de assumir a nova função atuava na área de segurança da estatal em Curitiba. Ele nunca assumiu qualquer função comissionada. A sua indicação por Bolsonaro em janeiro causou polêmica entre os demais funcionários e levou o presidente da companha, Roberto Castello Branco, a negar que a indicação era política e a afirmar que Nagem tinha qualificação para ocupar a gerência executiva, segundo maior posto na hierarquia da estatal.
Nesta terça-feira (4), em nota, a Petrobrás disse que Nagem irá atuar em projetos especiais da área de Inteligência e Segurança Corporativa, entre os quais programa de proteção de dutos.