Na manhã desta quinta-feira (13) a equipe do MOSSORÓ HOJE esteve no Centro Clínico Professor Vingt Rosado (PAM), no bairro Bom Jardim, onde verificou as deficiências relatadas pelos pacientes que chegam procurando por atendimento ortopédico na unidade.
O PAM se encontra com a máquina de raio-x quebrada e sem serra para cortar gesso, um equipamento que custa apenas R$ 300.
A Dona Maria José estava na unidade acompanhando a filha de 8 anos, que quebrou o braço esquerdo após sofrer uma queda enquanto estava brincando, e conversou com o jornalista Cezar Alves.
Ela contou que no dia do ocorrido a criança foi atendida no Hospital Regional Tarcísio Maia, onde também realizou o raio-x.
Hoje, Dona Maria levou a filha para mostrar o exame ao ortopedista de plantão no PAM e para fazer o gesso, porém não foi possível devido à falta da serra para cortar o material.
Outro paciente, o Otacílio, fraturou o pé direito em um acidente de moto. Ele foi até a unidade de saúde para iniciar o tratamento eletivo.
Devido a falta do raio-x, coube ao ortopedista de plantão apenas fazer a avaliar superficial do caso, através de exames de toque, sem poder dar um diagnóstico preciso sobre a gravidade da fratura e decidir qual o tratamento adequado a ser iniciado.
Otacílio explicou que foi orientado pelo profissional sobre quais os procedimentos que ele deve seguir fora da unidade, possivelmente em uma clínica particular, visto que no PAM não é possível bater o raio-x ou engessar o pé dele.
As reclamações de muitos outros paciente são as mesmas. As pessoas no local estavam indignadas, pois, segundo elas, a prefeitura está pagando adiantado o valor de R$385 mil reais por um show de 1h e 45 minutos de Wesley Safadão, hoje à noite, no Mossoró Cidade Junina.
Apesar de entender que se trata de orçamentos de pastas diferentes é impossível não se indignar com esse valor tão alto pago a um único artista, enquanto falta uma serra de R$300 em uma unidade de saúde onde a população está sofrendo.