19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
COM INFORMAÇÕES DO OP9
14/06/2019 12:00
Atualizado
14/06/2019 12:01

No RN, 73 casos de estupro de mulheres já foram registrados desde janeiro

Delegada diz que os números não refletem a realidade e podem ser ainda maiores. “Eu acredito que existe uma subnotificação dessas situações, principalmente em decorrência das vítimas se sentirem constrangidas em relatarem os crimes que elas sofreram”.
O comportamento das vítimas não influencia o cometimento do crime de estupro pelo agressor.
FOTO: REPRODUÇÃO

Com denúncias recebidas e registras a partir de janeiro de 2019, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte apresenta um número de 73 casos de estupros de mulheres no estado, nos 5 primeiros meses do ano.

Dos casos citados, 32 ocorrências do crime foram registradas na cidade de Natal. Os dados foram confirmados pela Secretaria de Segurança e Defesa Social do estado (Sesed).

No entanto, a subnotificação das denúncias ainda é um fator que impede a elucidação dos crimes. Responsável pelas investigações sobre abusos sexuais contra mulheres no RN, a delegacia especializada em atendimento à mulher tem contabilizado números considerados abaixo do real.

Para a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher de Parnamirim, Luana Faraj, os números não refletem a realidade e podem ser ainda maiores.

“Eu acredito que existe uma subnotificação dessas situações, principalmente em decorrência das vítimas se sentirem constrangidas em relatarem os crimes que elas sofreram”, destacou a delegada.

De acordo com o Código Penal, é considerado crime de estupro “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso” (CP, art. 213). O comportamento das vítimas não influencia o cometimento do crime de estupro pelo agressor.

Segundo a delegada, alguns cuidados podem ser tomados para evitar o aumento da vulnerabilidade.

Luana Faraj orienta que as mulheres se protejam das situações vulneráveis, como andar sozinha durante a madrugada e não ingerir bebida alcoólica no nível de perder a consciência.

“Também é importante procurar as delegacias de atendimento à mulher o quanto antes. A palavra da vítima é fundamental na elucidação do crime”, ressaltou a delegada.


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