O senador Jean-Paul Prates se mantém firme exigindo explicações do Governo sobre as vendas das refinarias e da Transportadora Associada de Gás (TAG), pela Petrobras.
Prates voltou a tocar no assunto em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado debateu, nesta terça-feira, 25 de junho, tratando sobre o novo mercado de gás brasileiro com o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) reiterou as críticas à política de privatizações do governo, principalmente a venda das refinarias da Petrobras e da Transportadora Associada de Gás (TAG). Para Prates, a companhia é fundamental para o desenvolvimento do País.
No caso da venda da TAG, o senador Potiguar disse que não tem sentido algum a Petrobras vender quase 100% da rede de gasodutos, para, logo em seguida, pagar aluguel pelo uso da estrutura de distribuição de gás no país.
Outra questão que é de se estranham, a venda por um preço muito barato se deu poucos dias antes do anúncio da descoberta do campo gigante de gás na região de Sergipe. Os franceses e canadenses que compraram a rede de dutos, é quem vão controlar a distribuição deste combustível, especialmente importante para a industrial no País.
Cobrando do ministro de Minas Energia, Bento Albuquerque, Jean Paul, que cice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, questionou se a venda da TAG teria sido uma decisão tomada pela estatal ou pelo governo
Albuquerque alegou que a venda das subsidiárias foi uma escolha da diretoria da Petrobras.
O parlamentar advertiu que há aspectos controversos e legais quanto à venda da TAG, uma rede com 4,5 mil quilômetros de extensão de tubulações de gás no Nordeste, cujo controle acionário foi vendido por US$ 8,6 bilhões ao grupo francês ENGIE e ao fundo canadense CDPQ.