08 MAI 2024 | ATUALIZADO 17:54
ECONOMIA
COM INFORMAÇÕES DO G1
26/06/2019 17:17
Atualizado
26/06/2019 17:25

Contas do governo registram maior déficit desde 2017 no mês de maio

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, as contas do governo registraram déficit primário de R$ 14,740 bilhões no mês passado com as despesas do governo superando as receitas com impostos e contribuições.
FOTO: REPRODUÇÃO

As contas do governo registraram déficit primário de R$ 14,740 bilhões em maio, informou nesta quarta-feira (26) a Secretaria do Tesouro Nacional.

Quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e contribuições, o resultado é deficitário. Quando acontece o contrário, há superávit. O conceito "primário" não engloba os gastos com juros da dívida pública.

De acordo com números oficiais, houve piora em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando o rombo fiscal somou R$ 11,027 bilhões. Veja abaixo a série histórica:

Ao todo, segundo o Tesouro, as receitas (após transferências aos estados e municípios) somaram R$ 90,793 bilhões no mês passado, queda real de 1,2% na comparação com maio de 2018, e as despesas, R$ 105,533 bilhões, queda real de 1,4% na mesma comparação.

Em todo ano passado, as contas do governo registraram déficit primário de R$ 120,258 bilhões, o equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o quinto ano seguido em que as contas ficaram no vermelho.


PARCIAL DO ANO, META E INVESTIMENTOS

No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as contas do governo apresentaram déficit primário de R$ 17,494 bilhões, acima do mesmo período do ano passado (-R$ 15,213 bilhões).

Esse também foi o pior resultado para o período desde 2017 (-R$ 36,634 bilhões), ou seja, em dois anos.

Em todo ano de 2019, o governo busca atingir a meta fiscal, que prevê rombo de até R$ 139 bilhões nas contas públicas. Para isso, bloqueou cerca de R$ 30 bilhões em gastos, o que já está comprometendo a liberação de recursos para Educação e bolsas de estudo, entre outros.

O rombo fiscal subiu no acumulado deste ano apesar das dificuldades do próprio governo em gastar os recursos. Isso ocorre devido ao excesso de vinculações de despesas à evolução mais lenta de projetos.

A esse fenômeno é chamado de "empoçamento", ou seja, são valores autorizados mas que, no fim das contas, não foram gastos. De janeiro a maio, foram R$ 13,9 bilhões "empoçados".

Segundo o governo, os investimentos totais somaram R$ 15,705 bilhões nos cinco primeiros meses deste ano, contra R$ 15,673 bilhões no mesmo período do ano passado.

No caso dos investimentos somente em infraestrutura, o valor somou R$ 7,063 bilhões na parcial de 2019, na comparação com R$ 7,316 bilhões em igual período do último ano.


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