30 ABR 2024 | ATUALIZADO 21:13
ECONOMIA
03/07/2019 09:17
Atualizado
05/07/2019 09:09

Vale a pena fazer empréstimo estando desempregado?

Será que vale a pena fazer um empréstimo e evitar que as contas atrasem, e até mesmo uma possível negativação no SPC e Serasa? Confira o que fazer para lidar com esse momento delicado.
Será que vale a pena fazer um empréstimo e evitar que as contas atrasem, e até mesmo uma possível negativação no SPC e Serasa? Confira o que fazer para lidar com esse momento delicado.

Ficou desempregado e não fez uma reserva financeira para segurar as despesas, enquanto arruma outro emprego? Será que vale a pena fazer um empréstimo e evitar que as contas atrasem, e até mesmo uma possível negativação no SPC e Serasa? Confira o que fazer para lidar com esse momento delicado. 

O principal motivo de inadimplência é o desemprego

De acordo com o Serasa Experian, a inadimplência atingiu 63 milhões de consumidores em março de 2019, e ainda de acordo com órgão, cerca de 26% dessas pessoas ficaram com restrições por causa do desemprego.

Então, antes de pensar em adquirir um empréstimo é preciso levar em conta esses dados, já que a diminuição de renda é um fator crítico.

Por outro lado, não dá para desconsiderar despesas emergenciais e/ou prioritárias que não podem ser deixadas de lado, tais como, alimentação, saúde e serviços públicos como energia elétrica.

O melhor a ser feito, caso a tomada de um empréstimo seja “inevitável” é, portanto, fazer uma relação de todas as despesas pessoais e da família e categorizá-las por ordem de importância, das mais urgentes e essenciais até as mais supérfluas e que podem ser cortadas num primeiro momento.

Com essa lista em mãos, será possível traçar uma estratégia financeira.

Como montar uma estratégia financeira para tomar a melhor decisão?

Antes, é preciso ter em mãos, como já citamos, uma lista atualizada das despesas, com a devida classificação do que é imprescindível e o que não é.

O melhor a ser feito é cortar tudo aquilo que não é essencial, como saídas para comer fora, canais de assinatura de tv, reduzir o transporte com o carro, idas ao cinema, etc.

Após efetuar os cortes, a definição de um valor mensal para custear as despesas prioritárias, vai possibilitar dimensionar um valor global a ser adquirido como empréstimo, por um determinado período.

Alguns analistas de gestão financeira familiar, costumam sugerir um prazo de pelo menos 6 meses, para se ter uma reserva, que nesse caso, teria que ser construída com um empréstimo.

Durante esse período, a pessoa deve procurar outras ocupações e aqui vai uma outra dica muito sugerida por especialistas de recursos humanos: vale mais a pena arrumar um outro emprego, mesmo pagando menos, se mantendo ativo no mercado, do que ficar esperando por uma proposta nos mesmos parâmetros do emprego anterior.

Melhores condições a se buscar em um empréstimo, com essa finalidade:

Não estando negativado no SPC/Serasa, é possível conseguir boas opções, tais como:

• Oferta de carência para começar a pagar, de pelo até 60 dias, ou no mínimo, 1 mês;

• Juros de até 5% ao mês (fuja de empréstimos no cartão de crédito e no cheque especial);

• Prazo de pagamento entre 12 e 18 meses

• Buscar empréstimo em instituições financeiras credenciadas e oficiais, como bancos e financeiras. Não procure “caminhos alternativos”, como agiotas, que podem pôr sua vida em risco.

Analise a possibilidade de conseguir um empréstimo com amigos ou familiares próximos. Converse com eles de maneira franca, sendo muito sincero, mostrando para eles seu planejamento financeiro, suas motivações e que, assim que tiver condições irá começar a honrar com os compromissos.

Não faça promessas que não possa cumprir, deixe bem claro que o retorno do dinheiro emprestado pode demorar mais que o previsto e até se ofereça para serviços que possa executar em troca, ou bens que possa se desfazer para pagar ou abater o empréstimo.

Considere a possibilidade de não poder pagar o empréstimo e ter seu nome negativado em órgãos de proteção ao crédito.

Se a única maneira de passar o período turbulento do desemprego for a de pegar um empréstimo e as condições negociadas não sejam as melhores, então, será preciso analisar a possibilidade de não poder pagar as parcelas do empréstimo.

A finalidade exclusiva de obter esse crédito é poder manter as condições básicas de sobrevivência da família ou suas, então, não adianta pegar um empréstimo e ter de pagar as parcelas com esse recurso.

Aqui, nessa situação, entra um cenário de contingenciamento de riscos, onde será preciso abrir mão temporariamente de um nome limpo na praça em detrimento de uma condição mais segura e confortável para si.

Deixe claro, caso venha a ser cobrado pela empresa que concedeu o empréstimo, que assim que possível, quando arrumar uma nova fonte de renda, irá buscar um acordo e honrar os compromissos firmados.

Procure fazer de um momento de dificuldade uma oportunidade

Não fique parado, estabeleça uma rotina proativa com atividades e cuidados pessoais que manterão sua alto-estima elevada e irão facilitar seu reingresso no mercado de trabalho. Considere ações como:

• Um horário para caminhadas e atividades físicas ao ar livre;

• Ir a eventos gratuitos que lhe possibilitem conhecer novas pessoas. Um bom networking é fundamental nessas horas;

• Fazer cursos gratuitos online, disponíveis na internet;

• Utilizar as redes sociais, como o LinkedIn, para se conectar profissionalmente e encontrar novas oportunidades;

• Cuidar da aparência, mostrando-se tão bem ou até melhor que antes de ficar desempregado.

Com atitudes assim, será bem mais lidar com um período adverso e até mesmo evoluir no autoconhecimento e evolução da sua inteligência emocional.


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