Três acusados do homicídio de Jailton Galdino da Silva, ocorrido em 06 de abril de 2011, foram levados à júri popular na manhã desta quarta-feira (3), no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró.
Os trabalhos começaram as 8h30, com a apresentação do caso pelo Promotor Público Ítalo Moreira Martins, representando o Ministério Público.
Inicialmente, seriam julgados quatro réus pelo crime, o comerciante Rafânio Brito de Azevedo, conhecido por “Alemão”, o pintor Paulo Ricardo da Costa, o “Paulinho” e os agricultores Marcélio de Souza Moura e Francisco Fábio Ferreira, o “Galego”.
Contudo, Marcélio de Souza Moura foi retirado desse momento e deverá ser julgado em outra oportunidade.
De acordo com o promotor Ítalo Moreira, a investigação inicial sobre a quadrilha era referente aos atos de roubo a bancos na região oeste do Rio Grande do Norte.
Por falta de provas contundentes que incriminassem os réus no caso do assassinato de Jailton Galdino, o MP optou por pedir a absolvição dos 3 que foram a julgamento nesta quarta.
O julgamento foi presidido pelo Juiz Wagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Pela defesa ficaram responsáveis os advogados Evandson Domingos Gomes e Dr. Diego Melo da Fonseca.
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O CRIME
De acordo com o relato do Ministério Público, representado pelo Promotor Público Ítalo Moreira Martins, Jailton Galdino da Silva teria sido assassinado pelos réus Paulo Ricardo e Francisco Fábio, a mando de Rafânio Brito, como “queima de arquivo”, visando ocultar os crimes cometidos pelo grupo e que eram de conhecimento da vítima.
Através de investigações da Polícia Federal e da Polícia Civi do Rio Grande do Norte, ficou constatado o fato de os acusados pertencerem a uma organização criminosa, especializada em assaltos à bancos e assassinatos, com atuação, principalmente, na região oeste do estado.
Ainda de acordo com as investigações, a vítima Jailton Galdino da Silva estava em casa, com a esposa e amigos, por volta das 18h do dia 06 de abril de 2011, quando percebeu a chegada dos acusados em uma motocicleta.
A vítima tentou fugir pelos fundos da casa, mas foi emboscado pelos criminosos e morto com vários disparos de arma de fogo.
Após o crime os acusados fugiram e tentaram dificultar as investigações da polícia, inclusive, entregando duas das armas utilizadas no homicídio ao acusado Marcélio de Souza, que foi preso, posteriormente, e entregou toda a ação criminosa do grupo.
A promotoria já adiantou que irá pedir a condenação dos acusados por homicídio qualificado, cometido por meio emboscada, sem condições de defesa da vítima, como meio de ocultação de provas de outros crimes.