26 ABR 2024 | ATUALIZADO 15:33
POLÍCIA
19/08/2019 16:52
Atualizado
19/08/2019 17:49

Tecnologia 3D vai ser usada para reconstruir faces e identificar cadáveres no RN

O trabalho é uma parceria entre o ITEP-RN e o professor Cícero Morais, que é designer 3D e especialista em reconstrução facial forense. Ele irá fornecer, de forma gratuita, os softwares que desenvolveu ao Itep, para o reconstrução facial de cadáveres não identificados no estado.
FOTO: DIVULGAÇÃO/ITEP-RN

O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) vai começar a utilizar tecnologia 3D para fazer a reconstrução facial de cadáveres não identificados no estado.

O objetivo é permitir a reconstrução facial em tecnologia 3D a partir de crânios encontrados em cenas de crimes, possibilitando a aproximação com a fisionomia real e a identificação do cadáver encontrado em decomposição.

O trabalho vai ser desenvolvido por meio do Instituto de Medicina Legal (IML) , em parceria com o professor Cícero Morais, 3D designer e especialista com reconhecimento mundial em reconstrução facial forense, que irá fornecer os softwares desenvolvidos gratuitamente ao Itep.

“A partir de plug-ins que desenvolvi para atuar junto com o software Blender conseguimos atender várias demandas, entre elas a da perícia criminal com a aproximação da fisionomia da face de um cadáver e até mesmo de um corpo inteiro. Há possibilidade ainda de utilizar a fotogrametria que possibilita a partir de fotografias de um objeto reconstruí-lo em 3D, podemos ainda importar e converter tomografias, separando áreas específicas como osso, tecido, dentes, o que permite, também na área pericial, digitalizar cenas de crime para fazer aproximações de acidente de trânsito, por exemplo”, explicou o professor.

O diretor do IML e coordenador do Núcleo de Antropologia Forense do ITEP-RN, perito Fernando Marinho, destacou que a aproximação do Instituto com o especialista se deu desde 2013 e no último final de semana foi fechada a parceria com a cessão gratuita dos softwares.

“A parceria IML e o professor Cícero Morais chega para corroborar com o trabalho que vem sendo desenvolvido no Núcleo de Antropologia Forense deste Instituto. Inicialmente iremos empregar esses conhecimentos técnicos nos casos de ossadas não identificadas visando à reconstrução facial com o objetivo de futura identificação. Ressaltamos que esta parceria não visa fins lucrativos para as partes, ou seja, não gerará despesas para os cofres do Instituto, e consequentemente do Estado”, explicou Fernando Marinho.

O trabalho científico de reconstituição facial forense com os programas desenvolvidos pelo professor Cícero Morais será pioneiro entre os institutos de perícia do país.

“Será um fato inédito entre os institutos de perícia o uso desse conjunto de ferramentas tecnológicas que irá contribuir com a técnica desenvolvida com o Dr. Fernando Marinho no IML/ITEP. A parceria irá permitir que o conhecimento seja repassado a outros técnicos para suprir as demandas do Instituto de forma mais apurada e com maior rapidez”, concluiu Cícero Morais.


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