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POLÍCIA
05/09/2019 22:31
Atualizado
05/09/2019 23:28

Servente acusado de matar pedreiro devido a jogo de baralho pega 12 anos

Apesar do réu ter saído do Fórum para a cadeia, a família da vítima, que deixou mulher e 4 filhos órfãos, reclamou da demora para acontecer o julgamento (mais de seis anos) e o tamanho da pena
Thiago Cuscuz pegou 12 de prisão por ter matado o pedreiro Eleilson Fábio Lourenço, porque este se recusou a jogar baralho com ele apostando R$ 10,00
Foto: Junior/SuperTV

O servente de pedreiro Thiago Carlos da Silva, o Cuscuz, pegou 12 anos de prisão por ter matado, com um tiro de doze caseira, o pedreiro Elilson Fábio Lourenço da Silva, porque este se recusou a jogar baralho com ele apostando o valor de R$ 10,00.

O crime aconteceu precisamente às 18 horas do dia 17 de maio de 2013, no Bar do Zezo, no bairro Planalto 13 de Maio, no Grande Alto São Manoel. A vítima, pai de quatro filhos, ainda foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento, mas não sobreviveu.

Na polícia, Thiago Cuscuz assumiu a autoria do crime. Não tinha como negar. Mesmo assim, ficou em liberdade para responder. Nesta quinta-feira, seis anos depois, o caso foi levado a julgamento popular e a sociedade o condenou por homicídio qualificado.

O Tribunal do Júri Popular começou de 8h30, com o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, fazendo o sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença.

O promotor Italo Moreira Martins defendeu a tese de homicídio qualificado. Para Italo, o crime foi por motivo extremamente fútil e sem chances de defesa da vítima.

Já a defesa patrocinada pelos advogados do escritório de Antônio Tomaz Neto, explorou a tese de legítima de defesa, de que o réu teria sido humilhado pela vítima.

O Conselho de Sentença decidiu por aceitar os argumentos do promotor de Justiça Italo Moreira.

Com a decisão dos sete jurados, o juiz Vagnos Kelly  aplicou pena de 12 de prisão em regime fechado. Como aguardou o julgamento em liberado, o réu teve a prisão preventiva decretada e foi direto para prisão.

Mesmo com o réu tendo saído preso do Fórum para a Penitenciária Agrícola Mário Negócio, a família da vítima Elilson Fábio Lourenço não gostou do resultado. Pra eles, a pena aplicada ao réu foi pequena.

O promotor de Justiça em contato com o Mossoró Hoje, disse que, com o que havia de provas materiais no processo, a pena de 12 anos de prisão ficou na medida certa. Ele tem cinco dias para recorrer pedindo que o Tribunal para aumentar ou não a pena.

A defesa deve recorrer da sentença, provavelmente pedindo anulação.

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