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POLÍCIA
COM INFORMAÇÕES DA FOLHA DE SÃO PAULO
27/09/2019 10:32
Atualizado
27/09/2019 10:33

Janot diz que pensou em matar Gilmar Mendes quando ainda era PGR

O ex-Procurador-Geral da República disse, em entrevista exclusiva à Folha de São Paulo, que chegou entrar no STF amado, com a intenção de matar Gilmar e depois cometer suicídio. Em resposta, Mendes disse que ficou surpreso com a declaração e recomendou que Janot procurasse ajuda psiquiátrica.
FOTO: ADRIANO MACHADO

Nesta quinta-feira (26) o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ao

jornal Folha de São Paulo que uma vez foi até o Supremo Tribunal Federal armado com uma pistola, com a intenção de matar o Ministro Gilmar Mendes.

De acordo com Janot, o motivo da sua ira momentânea seriam insinuações que Gilmar teria feito sobre a sua filha, em 2017.

Na época, quando ainda era procurador-geral, Janot pediu a suspeição de Gilmar em casos relacionados ao empresário Eike Batista, que havia se tornado alvo da Lava Jato e era defendido pelo escritório de advocacia do qual a mulher do ministro é sócia.

Ainda de acordo com Janot, o ministro do STF reagiu lançando suspeitas sobre a atuação de sua filha, que é advogada e representou a empreiteira da OAS no Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

À Folha, Janot disse que seu plano era matar Gilmar antes do início da sessão no Supremo Tribunal Federal.

Veja a notícia completa. https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/09/janot-diz-que-cogitou-matar-gilmar-mendes-dentro-do-supremo-quando-era-pgr.shtml

RESPOSTA DE GILMAR MENDES

Ao saber das declarações, Gilmar Mendes se disse surpreso com a afirmação de Rodrigo Janot. Em nota, divulgada nesta sexta-feira (27), ele disse que lamenta o fato e recomendou que o ex-procurador-geral procurasse um psiquiatra.

“Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer”, escreveu Mendes.

O Ministro ainda completou levantando dúvidas sobre processos conduzidos por Janot quanto PGR.

“Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram”.


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