Embora tenha registrado redução no caso de incêndios florestais de janeiro a setembro deste ano, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte informou que os casos aumentaram 40% nos primeiros dias de outubro na comparação com o mesmo período de 2018.
Do dia 1º até a terça-feira (8) foram 44 casos, contra 31 no ano passado. Somente entre esta quarta-feira (9) e quinta-feira (10), o estado teve registro de 21 casos, segundo a corporação.
Os principais incêndios registrados nesta quarta (9) foram no Vale do Açu; Patu, com 350 focos; Currais Novos; Mossoró; Portalegre, que teve três grandes incêndios seguidos; Viçosa e Ceará-Mirim, na região metropolitana de Natal. Outros 11 casos também no entorno da capital.
Os dados foram divulgados pelo comandante-geral da corporação, coronel Luiz Monteiro Júnior, nesta quinta-feira (10).
De acordo com ele, no comparativo de janeiro a setembro, o estado estava apresentando redução no número incêndios: foram 269 em 2019, contra 339 no ano passado. Porém a tendência de queda mudou em outubro, com a chegada do tempo mais seco.
Por causa dos incêndios florestais, o Governo do Estado publicou um decreto de emergência para combater incêndios e mitigar os estragos na região de Portalegre e Viçosa.
O documento, válido por 30 dias, permite ao Corpo de Bombeiros contratar serviços e comprar equipamentos sem licitação.
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De acordo com o comandante, a corporação ainda prepara um orçamento, para saber quanto vai custar a compra dos equipamentos, porém eles já estão definidos: são enxadas, pás, rasteios, 4 picapes, 70 bombas costais, 20 sopradores, binóculos, lanternas, capacetes, perneiras e máscaras, entre outros.
O dinheiro, segundo ele, já existe no orçamento e será tirado do Fundo Especial de Reaparelhamento da corporação, abastecido por uma taxa cobrada junto com o IPVA no estado.
COMBATE CONTINUA
Um dos incêndios mais demorados é o registrado na serra da cidade de Portalegre, distante 369 km de Natal. Já são cinco dias de combate, que agora conta com 40 militares.
Durante todo o dia equipes de bombeiros militares se revezam, com voluntários. Umas das principais dificuldades é o acesso às chamas devido à topografia e a mata fechada. Mesmo assim, vários focos já foram combatidos e debelados.