O Padre Clairton Alexandrino, pároco da Catedral dedicada a São José, em Fortaleza, disse que vai processar o Grupo Porta dos Fundos e a Netflix por causa do filme “A primeira tentação de Cristo”, escolhido pelo aplicativo de streaming como especial de Natal.
O blog Ancoradouro, do jornal O Povo, conversou com o padre que também é Advogado e Doutor em Direito Canônico.
Ele confirmou que vai processar os responsáveis pelo filme e alertou, mais uma vez, os fiéis sobre o que significa atitudes como estas que espalham o desrespeito o sentimento religioso, justamente no período do Natal.
“Estamos muito indignados com esta situação porque é uma ofensa gravíssima à fé de milhões de cristãos”, disse o padre relembrando o capítulo V da Constituição Federal e o artigo 208 do Código Penal, que tipifica os atos de vilipêndio à fé.
“O filme fez um verdadeiro deboche a Jesus, Nossa Senhora e ao esposo castíssimo de Maria, São José, a quem é dedicada esta Catedral”, diz o padre.
Padre Clairton explica que a liberdade de expressão não é um direito absoluto “Em nome desse direito eu não posso vilipendiar a fé , debochar da fé, ou pisar por cima da dignidade das pessoas, como tem acontecido ultimamente onde muitos destroem a fama, a honra das pessoas como se direito fosse”.
O sacerdote faz uma leitura mais aprofundada do que pode desencadear ataques gratuitos à fé cristã.
“Estes ataque à fé cristã abrem caminho para uma futura perseguição, cujos vestígios já começamos a vislumbrar”.
“No mundo todo desponta uma certa hostilidade à fé cristã. Vemos igrejas incendiadas, sacerdotes sendo atacados, presos e assassinados. O terreno começa a se tornar um pouco propício para estas grande ofensa à fé cristã”, alerta o sacerdote.
“Silenciar diante de ofensas como esta é o mesmo que se tornar cúmplice”, sentencia o padre.
“Precisamos manifestar a nossa indignação ético cristã contra esse filme debochado, depravado e desrespeitoso que constitui uma verdadeira blasfêmia contra o cristianismo. Que Deus nos ajude nesta empreitada”, conclui o sacerdote.