27 ABR 2024 | ATUALIZADO 20:04
ESTADO
23/12/2019 08:30
Atualizado
23/12/2019 08:32

Fábrica de cimento vai receber e reaproveitar óleo derramado no litoral do RN

O trabalho de remoção dos resíduos coletados nas praias atingidas pelo derramamento de óleo no litoral do Nordeste começou na sexta-feira (20). Todo o material será encaminhado para a fábrica de cimento Mizu, localizada no município de Baraúna.
FOTO: DIVULGAÇÃO

O Grupo de Avaliação e Acompanhamento (GAA) iniciou na sexta-feira (20), a remoção dos resíduos coletados nas praias atingidas pelo derramamento de óleo no litoral do Nordeste.

A ação faz parte do processo de articulação feito pelo Comando Unificado de Incidentes do RN, por meio da parceria firmada entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e a Fábrica de Cimentos Mizu, para tratar da destinação, especificamente o aproveitamento do resíduo para o setor cimenteiro.

Em novembro, o diretor geral do Idema, Leon Aguiar, esteve no local para visitar as instalações e analisar a possibilidade da empresa recepcionar o material.

Segundo o diretor geral, a parceria com a Mizu foi estabelecida após vistoria e análises técnicas realizadas pela equipe do órgão ambiental.

“Visitamos as instalações, realizamos uma análise prévia e foi verificado que a fábrica possui capacidade suficiente para o processamento dos materiais oleosos, que serão facilmente incorporados ao processo produtivo da empresa, atendendo aos princípios do reaproveitamento e da sustentabilidade”, afirmou.

O responsável pela pasta ambiental do Estado ressalta, ainda, que o órgão realizou diversas reuniões com empresas para discutir o direcionamento do que seria feito com o material.

“Estudamos alternativas de reaproveitamento desse material, com o objetivo de termos uma solução mais sustentável possível, e a atividade cimenteira é capaz de recepcionar esse resíduo para utilizar como combustível em todo seu processo industrial”, reiterou Leon Aguiar.

Até o momento, o armazenamento e manejo desse material, estava sob responsabilidade das prefeituras. Entretanto, na sexta-feira, o GAA, formado por Marinha, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), realizou a remoção dos resíduos, que estavam armazenados na cidade de Tibau do Sul.

Já no sábado (21), foi a vez de retirar 22 big bags das 61 existentes, da Estação de Transbordo de Campo de Santana, no município de Nísia Floresta.

As 39 restantes serão levadas nesta segunda-feira (23), em outra operação da Petrobrás, em parceira com a Capitania dos Portos.

Ao todo, serão transportadas 34 toneladas (volume coletado pelas prefeituras atingidas) até a destinação final, no município de Baraúna, onde fica a Fábrica da Cimento Mizu.

O trabalho só foi executado, após ter sido estabelecidos os procedimentos, datas para as operações e também o encaminhamento das informações necessárias para a formalização e execução da operação de transporte.

Paralelo a este trâmite, o Idema elaborou nota técnica com as instruções a respeito do transporte e destinação, que está disponível no site institucional (www.idema.rn.gov.br).

De acordo com um dos representantes dos municípios afetados e secretário Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Mobilidade Urbana de Tibau do Sul, Leonardo Tinoco, a remoção dos resíduos era etapa que faltava para finalizar o processo de enfrentamento da presença do óleo.

“Desde o primeiro momento os municípios fizeram seu papel, auxiliaram na limpeza, coleta e armazenamento temporário, mas faltava o processo de destinação final, pois estávamos acondicionando produto químico Classe 1, destacado como um tipo de resíduo que necessita de um tratamento especializado. Em Tibau do Sul, o GAA está levando 11 bombonas completas, que totalizaram 3 toneladas”, explicou o secretário.


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