20 ABR 2024 | ATUALIZADO 22:33
MUNDO
Com informações do El País
25/02/2020 10:42
Atualizado
05/10/2020 08:28

Sargento da Fab é condenado por levar cocaína na comitiva de Bolsonaro para Europa

Manoel Silva Rodrigues estava levando 39 kg de cocaína do Brasil para a Europa no avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que estava se deslocando para Osaka, no Japão. O sargento vai ficar seis anos preso e ter que pagar multa de 2 milhões de Euros.
Manoel Silva Rodrigues estava levando 39 kg de cocaína do Brasil para a Europa no avião da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que estava se deslocando para Osaka, no Japão. O sargento vai ficar seis anos preso e ter que pagar multa de 2 milhões de Euros.
Reprodução 247

O sargento Manoel Silva Rodrigues, da Força Aérea Brasileira (FAB), foi condenado a seis anos de prisão em regime fechado e terá que pagar multa de dois milhões de euros (cerca de 10 milhões de reais) por ter sido flagrado em julho levando, no avião da Presidência da República no Governo Bolsonaro, com 39 quilos de cocaína do Brasil para Servilha, na Espanha. 

Veja mais

Membro da comitiva presidencial é preso com 39 kh de cocaína na Espanha

Polícia espanhola divulga fotos da cocaína apreendida com sargento da Fab em Servilha

O julgamento aconteceu semana passada na cidade de Servilha, sul da Espanha. Inicialmente o promotor de Justiça espanhol havia pedido condenação 8 anos de prisão (fechado) e multa de 4 milhões de euros. Entretanto, ele disse que o brasileiro, que está na FAB há 20 anos, foi sincero quando confessou o crime e que demonstrou arrependimento.

Rodrigues estava levando os 37 tebletes de cocaína acomodados numa mala, numa bolsa para ternos e numa mochila, no dia 25 de julho, quando foi flagrado ao desembarcar na Europa. Ao passar pelo raio X, a Guarda Espanhola perguntou do que se tratava. Ele falou que era queijos. Como é proibido entrar com alimentos naquele país sem autorização do Governo, os guardas foram averiguar e descobriram a droga.

A cocaína, que tinha pureza de 80%, estava avaliada em 1,4 milhão de euros, algo em torno de R$ 6,7 milhões de reais.

No depoimento, Rodrigues disse: “A pessoa que me entregou isto no Brasil me disse que seu destino era a Suíça e que eu devia trazê-la para a Europa (...). Eu estava passando por dificuldades econômicas. Estou há 20 anos na FAB e nunca tive nenhum processo, mas um militar no Brasil não tem salário bom. Sempre compro coisas nas minhas viagens, como celulares, e as revendo para ganhar um extra” (Transcrição do El Pais).

A prisão do sargento Rodrigues aconteceu quando ele seguia com a comitiva do presidente Jair Bolsonaro com destino a cidade de Osaka, no Japão. Em breve escala na cidade de Servilha, a Guarda Civil espanhola o prendeu. A FAB, no Brasil, abriu processo para expulsa-lo. Na Espanha, onde se encontra preso desde julho de 2019, iniciou o processo para condena-lo.

No julgamento, a reportagem do El Pais informa que Rodrigues disse que deveria entregar a droga a um desconhecido no hipermercado Alcampo de Servilha, no dia 25 de julho. “Tinha que ir com roupa de camuflagem, com uma camisa verde, e a outra pessoa me conheceria por uma foto. Marcaríamos no Burger King, e ele me faria um gesto (...). Foi a primeira e única vez em minha vida que fiz uma coisa errada dessas”, justifica.

Ainda conforme reportagem do El Pai, Rodrigues declarou: “peço perdão ao Estado e ao povo espanhol por colocar isto em seu país (...). O castigo é justo”. Rodrigues vai cumprir os seis anos preso na Espanha.

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário