Uma chuva de 100 milímetros inundou ruas e invadiu centenas de casas, lojas e outros estabelecimentos comerciais, em praticamente todos os bairros de Mossoró/RN, na tarde noite deste sábado, dia 29 de fevereiro de 2020, deixando um prejuízo enorme.
As chuvas menores (de 20 a 40 mm) ocorridas em janeiro e na primeira quinzena de fevereiro de 2020 não foram suficientes para alertar as autoridades municipais dos estragos que viriam acontecer em Mossoró caso acontecesse uma chuva de maior porte.
A chuva do final de semana passado, que alagou duas e invadiu dezenas de casas na região Sul de Mossoró, teria sido o último alerta natural. O município precisava se preparar para o caso de ocorrer uma chuva de maior, porte como vinha alertando os meteorologistas.
A cidade de Mossoró foi projetada sem galerias no tamanho adequado para escoar a água das chuvas, sem que esta inunde as casas, comércios e até prédios comerciais deixando enormes prejuízos. Isto sempre ficou patente em várias regiões da cidade.
Os trechos mais afetados são na Avenida Diocesana, a João da Escóssia, a Cunha de Mota e nas imediações da Cobal. As outras áreas, como no Alto da Conceição (Favela Pantanal) e nas barrocas, as inundações durante as chuvas acontecem, mas em menor porte.
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Neste sábado, a chuva forte começou por volta de 15h20. Durou pouco mais de uma hora e foi suficiente para alagar os pontos já citados acima e diversas outras regiões, com transbordamento dos canais e água entrando nas casas e comércios.
O canal do Dom Jaime Câmara transbordou com força, lavando a BR 110 (Av Francisco Mota). O canal do Thermas também transbordou com força na Avenida Rio Grande, Rua Juvenal Lamartine, Epitácio Pessoa, entre várias outras, entrando nas casas.
Na Rua Castelo Branco – perto do Supermercado Rebouças, para exemplificar, teve residência que a água molhou tudo. Uma dona de casa fez contato com o MOSSORÓ HOJE e informou que até a feira a água molhou. Reclamaram que água misturada com lixo entrou nas casas.
As ruas do bairro Aeroporto II e novamente do bairro Belo Horizonte, também foram inundadas devido a estrutura de drenagem. O acesso ao condomínio Celina Guimarães ficou intransitável. Várias casas a água entraram, levando desespero os proprietários.
No Centro de Mossoró, que recebe toda a água da parte mais do Centro e da Doze anos, alagou, tendo a água entrando em dezenas de lojas. Teve um determinado momento que o tráfego de veículos foi interrompido ao lado do Banco do Nordeste, devido ao volume de água.
A água também entrou nas lojas que ficam nas imediações da Narciso Enxovais, Riachuelo e Sport Magia. A Avenida Cunha da Mota apresentou inundações em vários trechos do Centro ao bairro Pereiros/Alto da Conceição, com prejuízos para comerciantes da região.
Carros ficaram submersos e alguns foram arrastados vários pontos de Mossoró. Pelo menos quatro veículos ficaram submersos perto da Agência dos Correios do Bairro Doze Anos e um foi arrastado pela correnteza nas imediações do Hiper Bom Preço, na Av Diocesana.
Na Rua João Marcelino também alagou nas imediações do Estacionamento do Diocesano, que, inclusive, havia preparado o Ginásio de Esportes com aparelhos de som e cadeiras para uma missão nesta segunda-feira, e este ambiente foi inundado, danificando os aparelhos de som.
Os prejuízos se estenderam também a vários condomínios. O Green Garden, no Grande Alto São Manoel, teve parte do teto de uma cobertura lateral do prédio arrancada pela força dos ventos. Em outro condomínio, a drenagem não funcionou e inundou tudo.
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