A obra de duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), no trecho de oito quilômetros entre o trevo da Argentina e o Parque Nacional do Iguaçu (PNI), é uma iniciativa que visa trazer muitos benefícios para o ecoturismo local.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, vai atender um pleito antigo da comunidade da Tríplice Fronteira, melhorando o fluxo turístico em Foz do Iguaçu, segundo destino mais visitado do Brasil atualmente.
O orçamento previsto para a duplicação da rodovia é de mais de R$ 460 milhões. A gestão da construção é do governo do Paraná, em parceria com o DER e Dnit, com recursos oriundos da Itaipu Binacional.
Para evitar o impacto ao meio ambiente, à flora e fauna locais, as obras precisam atender 29 exigências impostas pelo Instituto Água e Terra (IAT). Além das normas referentes ao canteiro de obras, o IAT tem especificado a não destruição de espécies ameaçadas de extinção.
A área por onde passa a BR-469 abriga o maior remanescente de Mata Atlântica do interior do Brasil e deverá ser preservada. As exigências de controle ambiental são perfeitamente alcançáveis e estão baseadas em realidades comprovadas. Há exemplos no Brasil de rodovias construídas com grande grau de observância da legislação e das condicionantes das licenças ambientais.
Quando uma espécie de árvore ou animal é definida como “ameaçada de extinção”, significa “quase não tem mais, tem cada vez menos, e precisamos evitar uma destruição desnecessária para não perdê-lo de vez, pois é irrecuperável”.
Uma dessas espécies em evidência na região de Foz do Iguaçu é a araucária, árvore frequentemente encontrada às margens da BR-469, criticamente ameaçada de extinção. Considerado o símbolo do Paraná, o estado destruiu 99% destes pinheiros, tendo agora o menor número entre os estados do Sul do Brasil. Se a araucária desaparecer, consequentemente outras espécies que dependem dela se tornarão extintas como o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo.
O sucesso do empreendimento certamente será completo, pois as belezas geológicas, as florestas e animais são especialmente valiosos para a indústria do turismo de Foz do Iguaçu.