No Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen) não para de chegar amostras para o teste do novo coronavírus (Covid-19) desde a sexta-feira (20). Foi quando as análises passaram a ser feitas em solo potiguar. Antes, eram enviadas ao Pará.
Mudanças de procedimentos ampliaram a capacidade de testes diários, de pouco mais de 20 para 96. Nesta quinta-feira (26), uma alteração no procedimento passou a diminuir o tempo de espera pelos resultados.
Até então, todas as amostras colhidas de pacientes com suspeita de coronavírus eram submetidas a testes para gripe (Influenza), além de outras doenças. Só quando o resultado dava negativo para todas elas, a amostra era submetida ao teste para o Covid-19. Agora, são testadas direto para coronavírus. O prazo para o resultado sair é de até 72 horas.
Em uma sala do setor onde os exames são feitos, a reportagem não pôde entrar. É nela que as amostras são manipuladas.
Depois, o material segue para o M2000, uma máquina que já existia no Lacen, mas foi adaptada durante o fim de semana passado e conseguiu quadruplicar a capacidade dos exames, de 24 por dia para 96. O equipamento consegue separar de todo material biológico coletado da boca e do nariz do paciente somente aquilo que é útil para detectar a Covid-19.
“A gente fazia o teste para a influenza. Se desse negativo, fazíamos para outros problemas virais respiratórios. E aí, dando negativo novamente, fazíamos a análise para a Covid-19. Ou seja, demorava ainda mais”, explicou Themis Rocha, coordenadora do setor biológico.
O trabalho no Lacen se intensificou desde que os primeiros casos suspeitos começaram a aparecer no estado. E a perspectiva é de que o ritmo acelerado dure mais.
“Estamos trabalhando de domingo a domingo, 15 horas por dia. Às vezes, sinto falta até de um reconhecimento por esse esforço. estamos dando o máximo”, disse Themis Rocha.