02 MAI 2024 | ATUALIZADO 22:29
ESTADO
13/05/2020 12:26
Atualizado
13/05/2020 12:28

Pesquisadores do RN desenvolvem protótipo de respirador em 45 dias

O equipamento poderá ser usado no tratamento de pacientes vítimas da Covid-19 e que precisam de intubação. Ele está está em fase de testes clínicos para, em seguida, ser submetido à Anvisa para validação e fabricação em série
FOTO: CEDIDA

Pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) no Rio Grande do Norte desenvolveram um respirador mecânico que já está em fase de testes.

O protótipo, do tipo invasivo, é o mesmo usado no tratamento de pacientes com Covid-19 que precisam ser entubados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

O equipamento está em avaliação de calibração e testes (pré-clínicos e clínicos) para, em seguida, ser submetido ao órgão regulador para validação e fabricação em série.

A iniciativa faz parte do conjunto de medidas adotadas pelo Sistema FIERN, que colocou toda sua estrutura à disposição do enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19) no Estado.

O aparelho foi totalmente desenvolvido pela equipe de engenheiros e técnicos do ISI/ER em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), responsável pela fase de testagem clínica, e também com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que atua na etapa de documentação do projeto para aprovação e licenciamento junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O respirador mecânico invasivo com modo de operação controlada por pressão, monitora o volume de ar inspirado pelo paciente e é destinado aos casos mais graves que requerem intubação (coma induzido).

O equipamento trabalha com pressão máxima de 60 centímetros de água e com controle de PEEP, possui tela ‘touch’, com um quadro de comando que atendem aos requisitos exigidos para responder as necessidades do paciente e da equipe de profissionais intensivistas que irão operar a máquina, além de dispor de banco de dados, sistema de volume, alarme e ser de fácil higienização e manutenção.

O protótipo foi concluído em cerca de 45 dias e está em fase de avaliação e calibração dos sensores de pressão e de volume. O prazo para fabricação em alta escala depende, agora, da Anvisa.

“Estamos trabalhando hoje na calibração dos equipamentos, na fase de testagem clínicas feitas por especialistas e pesquisadores da área médica e também na elaboração do dossiê que será submetido à Anvisa para liberação do produto e da fabricação”, disse Rodrigo Mello, diretor do Instituto.

O ISI-ER também pleiteia junto a Anvisa a liberação para fabricação em suas instalações. O Instituto, que por origem destina-se à pesquisa e inovação e não a produção em escala, tem capacidade instalada para confeccionar 1 mil equipamentos.

A quantidade, no entanto, será estabelecida pela Anvisa no processo paralelo de licenciamento. Caso o número aprovado seja superior, o Instituto SENAI de Inovação planeja buscar parcerias com grandes players.

O diretor ainda explica que outras regiões já solicitaram a liberação do projeto, caso aprovado pela Anvisa. Segundo ele, grandes empresas do setor de automação do país, tanto do Nordeste quanto da região Sul, já entraram em contato interessados em reproduzir o modelo.

“Quando tivermos a licença da Anvisa, há empresas que já solicitaram a liberação do projeto e estão aguardando a nossa patente para desenvolver o nosso protótipo”, disse Rodrigo Mello.


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