29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MUNDO
COM INFORMAÇÕES DO REUTERS
25/05/2020 16:57
Atualizado
25/05/2020 17:01

Por segurança, OMS suspende testes com cloroquina contra a Covid-19

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta segunda-feira (25); Estudos recentes mostraram que a droga e seu derivado, Hidroxicloroquina, não é eficaz contra a Covid-19 e pode aumentar a taxa de mortalidade.
FOTO: REPRODUÇÃO

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou nesta segunda-feira (25) que organização suspendeu os testes com a cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com covid-19.

A suspensão temporária foi tomada até que a segurança da droga seja reavaliada, já que estudos recentes mostraram que ela não é eficaz contra a Covid-19 e pode aumentar a taxa de mortalidade.

O medicamento tem sido apontado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e por outros como um possível tratamento para a doença causada pelo novo coronavírus.

O presidente norte-americano afirmou, inclusive, que estava tomando o medicamento para ajudar a prevenir a infecção.

"O grupo executivo tem implementado uma pausa temporária do ramo da hidroxicloroquina no estudo Solidarity, enquanto os dados de segurança são revisados ​​pelo conselho de monitoramento de segurança de dados", disse Tedros em uma entrevista online.

Ele afirmou que os outros ramos do estudo – uma importante iniciativa internacional para realizar testes clínicos de possíveis tratamentos para o vírus – continuavam.

Anteriormente, a OMS já havia recomendado contra o uso da cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento ou prevenção de infecções pelo coronavírus, exceto como parte de ensaios clínicos.

Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, disse que a decisão de suspender os testes com os medicamentos tinha sido tomada por "muita cautela".

BRASIL

Na semana passada, o Ministério da Saúde incluiu a cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de covid-19 no Brasil.

De acordo com o novo protocolo, cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.

Veja mais:

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