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SAÚDE
30/05/2020 23:51
Atualizado
31/05/2020 00:05

Ministério vai revogar Portaria que credenciava leitos covid para Mossoró-RN

Ao revogar a portaria devido a erros, a APAMIM ficará sem recursos para manter os 50 leitos covid já abertos e para abrir outros 50 no Hospital de Campanha São Luiz; Governadora Fátima Bezerra convocou reunião para esta segunda-feira, dia 1 de junho
Governadora Fátima Bezerra convocou reunião com a APAMIM nesta segunda-feira, dia 1 de junho, com a participação do secretário de Saúde Cipriano Maia, para tratar sobre débitos, credenciamentos de leitos covid junto ao SUS para atender a região de Mossoró

O Governo Federal, através do Ministério da Saúde, deve nos próximos dias revogar o decreto de credenciamentos dos leitos de UTI e UCI covid19 para Mossoró-RN, para logo em seguida republicar o decreto com informações corretas quanto ao número e localização destes leitos. Entre os leitos, os 100 do Hospital São Luiz.

Ao retardar o credenciamento, retarda também o repasse do SUS para o Fundo Municipal de Saúde, com a finalidade de custear os 20 leitos de UTI e 30 UCI que estão em funcionamento no Hospital São Luiz desde o dia 1º de maio.  

Sem receber estes recursos, a diretora geral da APAMIM, Larizza Queiroz, avalia que não terá como custear os 50 leitos já abertos, assim como não terá como abrir outros 15 leitos de UTI e mais 35 de UCI no Hospital São Luiz.

E isto seria trágico, pois já  existe no RN 463 internados, 108 em fila por internação, sendo que destes 108 pelo menos 30 em estado muito grave, aguardando leitos de UTI para ter chances de resistir ao covid-19.

Ao não abrir estes 15 novos leitos de UTI no Hospital São Luiz, devido a este atraso no credenciamento junto ao SUs, reduz as chances de sobrevivência destes pacientes que estão em fila por UTI na região Oeste do RN. 

A questão grave foi levada ao Governo do Estado, que emitiu uma NOTA.


NOTA

NATAL (RN), 29 de maio de 2020

A respeito dos leitos habilitados em 18 de maio, por meio da Portaria nº 1.243, a Secretaria de Estado da Saúde Pública esclarece que foram habilitados por engano pelo Ministério da Saúde.

Com isso, a Sesap e as Secretarias Municipais de Saúde de Natal e Mossoró encaminharam o Ofício nº 934/2020 explicando ao Ministério da Saúde que a portaria não correspondia à realidade de leitos de UTI Covid em funcionamento no Rio Grande do Norte.

Neste mesmo ofício, foi informada uma nova relação de leitos de UTI em funcionamento no Estado que constavam na portaria nº 1.243 e que poderiam ser habilitados, correspondendo a um total de 56.

Esta semana, o MS entrou em contato informando que a portaria publicada seria tornada sem efeito integralmente e que, concomitantemente, estava sendo realizada a tramitação de uma nova para habilitação de leitos em funcionamento apresentados no documento enviado pelas secretarias estadual e municipais.

A Sesap reforça que, até o momento, já foram habilitados no Estado um total de 100 leitos (sendo 91 Estadual e 9 do município de Natal) e que à medida que os leitos forem sendo ativados novas solicitações de habilitação serão encaminhadas ao ministério.


Neste sábado, 30, a governadora Fátima Bezerra, em entrevista a Rádio Difusora, de Mossoró, disse que convocou uma reunião de emergência com a diretora da APAMIM, Larizza Queiroz, para esta segunda-feira, 1. 

O objetivo da reunião, além de sanar problemas de dívidas com os médicos obstetras e ginecologistas, assim como a dívida pelos serviços prestados pela APAMIM no Hospital Regional Tarcísio Maia, é buscar uma saída técnica para a questão do credenciamento dos leitos do SUS e, assim, ampliar a oferta de UTI covid19 em Mossoró para a região.


Contato

A governadora Fátima Bezerra disse que a prefeita Rosalba Ciarlini fez contato com ela esta semana e pediu mais 2 ventiladores mecânicos para colocar na UPA do BH, que está sendo usada como unidade de campanha para pacientes com covid-19, em Mossoró-RN. Rosalba também pediu a Fátima Bezerra para ficar com os outros 2 respiradores que ela já havia pego do Hospital Regional Tarcísio Maia. As duas falaram das dificuldades financeiras para manter a máquina pública funcionando.

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