A nova gestão da Universidade Federal Rural do Semi-Árido mandou arrancar 60 mudas de plantas nativas da caatinga, que haviam sido plantadas há um mês em frente ao muro leste da instituição.
O plantio foi realizado por meio de um projeto do Professor Vander Mendonça, do curso de agronomia, com autorização do Reitor (na época Arimatea Matos) e da Superintendência de Infraestrutura da universidade (SIN).
Na manhã de hoje (17), ao se deparar com a cena dos terceirizados arrancando as mudas, o professor Vander buscou entender a situação e foi informado de que havia ordens superiores para tal ação.
Ao procurar a reitoria, foi informado que “O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vai duplicar a BR 110 e vão ser construídos viadutos, passarelas, túneis, etc. naquele local”.
Em um desabafo em seu perfil do Instagram, o professor disse: “Sabem senhores e senhoras quando isto vai ser realizado, nunca! Vou repetir N-U-N-C-A! Para quem não sabe, cheguei aqui na UFERSA em agosto de 2006 e já ouvia esta mentira (esta tal duplicação da BR 110). Passei 14 anos ouvindo este mentira... Vou me aposentar em 2035 e todos os anos vou ouvir de novo esta mesma mentira...Sou um pouco inteligente e realista para acreditar que isto é REALMENTE UMA MENTIRA. Como diz lá na minha terrinha Mineira “É CONVERSA PARA BOI DORMIR”! Promessa de políticos em período de eleições! Estou triste, mas tenho que rir (kkkk)”.
Veja a postagem abaixo.
O Diretório Central Estudantil (DCE) da Ufersa emitiu uma nota de repúdio e apoio ao Professor Vander Mendonça.
“Consideramos um retrocesso incalculável quando temos que assistir às árvores sendo destruídas em nome de promessas, qual seja a duplicação da BR 110, que sabemos que está há passos largos e distantes da nossa realidade”.
Por meio da nota, o DCE lembrou que as árvores estavam plantadas em área de domínio público, em que não se é permitido construir e que para que elas fossem removidas por motivos de obras, como foi justificado, haveria necessidade de autorização da prefeitura e de órgãos ambientais competentes.
“A UFERSA evocou para si algo que não lhe diz respeito, afinal de contas as supostas providências necessárias para a realização de uma obra de duplicação na BR é de responsabilidade do DNIT e não da Universidade. Ainda assim, cabe indagar: Com qual autorização legal à UFERSA removeu às mudas plantadas? Foi o próprio DNIT por solicitação formal?”, questionou.
Veja nota AQUI.
Diante disso, a nova reitora da instituição vem cumprindo o que prometeu, mudar a Ufersa, e começou a mudança destruindo mudas de Craibeira e Ipê-Roxo, tão importante em uma cidade quente e tão pouco arborizada como Mossoró.
Qual será a próxima ação?