30 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:23
ESTADO
13/11/2020 16:37
Atualizado
13/11/2020 16:41

1,3 milhão de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Rio Grande do Norte

Isso significa que 38% dos potiguares vivem com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 5,5 dólares por dia, aproximadamente R$ 436 mensais; Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (12).
FOTO: ALEX RÉGIS

No Rio Grande do Norte, 1.329.000 pessoas vivem abaixo da linha da pobreza. Isso significa que 38% dos potiguares vivem com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 5,5 dólares por dia, aproximadamente R$ 436 mensais.

A população em condição de extrema pobreza diz respeito ao grupo com rendimento per capita inferior a US$ 1,9 por dia, cerca de R$ 151 mensais. Esse grupo equivale 10,3% da população potiguar, 362.000 pessoas.

Os dados são da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo Instituto Brasileito de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (12).

A Síntese de Indicadores Sociais 2020 contém análises sobre a qualidade de vida e os níveis de bem-estar das pessoas, famílias e grupos populacionais, a efetivação de direitos humanos e sociais, bem como o acesso a diferentes serviços, bens e oportunidades, por meio de indicadores que visam contemplar a heterogeneidade da sociedade brasileira sob a perspectiva das desigualdades sociais.

A principal fonte de informação para a construção dos indicadores foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua de 2012 a 2019.

Com cobertura que abrange todo o território nacional, a pesquisa permite a apreensão das desigualdades sociais em distintos recortes territoriais, tais como: Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios das Capitais.

Além da PNAD Contínua, utilizaram-se informações do Sistema de Contas Nacionais - SCN, do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados-Caged, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

NO RN, 25% DOS JOVENS NÃO ESTUDAM E NÃO TRABALHAM

A cada quatro jovens potiguares, um não estuda e nem trabalha. Em números absolutos, são 195 mil pessoas entre 15 e 29 anos nesta situação em 2019. Neste aspecto, a população norte-rio-grandense está abaixo da média do Nordeste (28%) e acima da média do Brasil (22%).

RN TEM REDUÇÃO DE 23% NO SALDO DE VAGAS INTERMITENTES EM 2019

O saldo de vagas de trabalho intermitentes caiu 23,5% no Rio Grande do Norte na comparação de 2019 com o ano anterior. Em 2018, o estado registrou saldo de 1.382 vagas nessa modalidade de contração. Em 2019, o saldo foi de 1.057.

O trabalho intermitente foi instituído pela reforma trabalhista de 2017 (Lei 13.417/2017). Nessa modalidade de contrato de trabalho, a prestação de serviços não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos determinados em horas, dias ou meses de acordo com a demanda do empregador.

Ainda assim, o empregado tem a carteira assinada e é remunerado conforme o período trabalhado. Bares e restaurantes são exemplos de estabelecimentos que adotam essa modalidade.

Além do Rio Grande do Norte, apenas Tocantins (- 66,1%) e Piauí (- 35,3%) também reduziram o saldo de vagas intermitentes no mesmo período.

Por outro lado, o Distrito Federal (408,8%) foi a unidade da federação com o maior crescimento do saldo de vagas em 2019. O saldo de vagas é a diferença entre admissões e demissões.

VAGAS GERAIS

Quando todas as vagas formais são consideradas, o Rio Grande do Norte também teve uma queda de 37% no saldo de empregos. Em 2018, a criação de vagas teve um saldo positivo de 5.934 empregos. Em 2019, as admissões superaram as demissões em 3.741 vagas.

Na região Nordeste, apenas Piauí (-66,4%) e Ceará (-56%) também apresentaram redução no saldo geral de empregos formais em 2019.

Para esta análise, a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) utilizou dados do Cadastro Geral de

Empregados e Desempregados (Caged) do governo Federal.


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