O plano de vacinação contra a Covid-19 de São Paulo, anunciado nesta segunda-feira (7) pelo governador João Dória (PSDB), prevê o início da imunização no dia 25 de janeiro.
Serão vacinados primeiro profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas, totalizando 9 milhões de pessoas. O custo só com a logística será de R$ 100 milhões aos cofres paulistas.
Há vários focos no plano, que tem como base a óbvia expectativa de que a CoronaVac, a vacina chinesa que será feita localmente no Instituto Butantan, funcione e esteja aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O Estudo acerca da eficácia da CoronaVac será divulgado até a semana que vem e, se tudo correr como espera o governo, seu registro será pedido imediatamente na Anvisa. Segundo Dória, será feito um pedido de aprovação emergencial à agência.
A questão que fica é: se a vacina tiver uma cobertura menor do que a esperada a partir de dados preliminares promissores, acima de 90% na expectativa do governo, talvez o escalonamento apresentado de vacinação tenha de sofrer alterações. O mesmo vale para o caso de ela ser menos efetiva em idosos, por exemplo.
A vacina será escalonada para as duas aplicações necessárias da CoronaVac, ambas gratuitas. O grupo profissionais de saúde/indígenas/quilombolas receberá sua primeira dose em 25 de janeiro e a segunda, em 15 de fevereiro.
Quem tem 75 anos ou mais, 8 de fevereiro e 1º de março. De 70 a 74 anos, 15 de fevereiro e 8 de março. De 65 a 69 anos, 22 de fevereiro e 15 de março. Por fim, de 60 a 64 anos, 1º de março e 22 de março. Outras fases da vacinação ainda serão anunciadas.
A linha de corte para a primeira leva de vacinação, 60 anos ou mais, decorre do fato de que 77% das 42,5 mil mortes por Covid-19 no estado foram nessa faixa etária. São 7,5 milhões dos 46 milhões de paulistas. Já os profissionais de saúde e vulneráveis são 1,5 milhão de pessoas.
O governador ainda justificou que a antecipação da vacinação para janeiro (a previsão do governo federal é para março) se faz necessária para evitar que mais pessoas morram e que a imunização contra a Covid-19 não coincida com a aplicação das doses contra a gripe, realizasa todos os anos antes do inverno.