O curso de medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte vive mais um problema além dos que estão sempre sendo relatados, que é a falta de estrutura do prédio que abriga a faculdade.
Desta vez, os estudantes denunciam a falta de vagas para realização dos estágios obrigatórios. Esse problema vem atrasando a formatura dos alunos, bem como gerando um acúmulo de turma para que precisam iniciar os estágios.
Os estágios obrigatórios são indicados a partir do 9º período. Um dos estudantes, que preferiu não ter seu nome divulgado, por medo de represália, explica que sua turma entrou no nono período no mês de março e desde então esperam uma oportunidade de estagiar.
Explica, ainda, que a turma após a sua acaba de terminar o 8º período, o que significa que no próximo semestre letivo também precisará de locais para realização dos estágios.
O estudante explica que o problema é antigo e ficou mais evidente diante da pandemia da covid-19, visto que foi preciso diminuir a quantidade de pessoas circulando nos hospitais.
“Não é só expor por expor, mas pra tentar uma resolução através dos meios de comunicação. Já tentamos dialogar com a pró-reitora de graduação e outros professores, mas nada foi resolvido. Estamos sem chão!”, conta.
Ainda segundo a denúncia, todas as turmas do internato estavam passando pelo mesmo problema. No entanto, o último período do curso voltou no momento em que o retorno dos estágios foi liberado, outras duas voltaram há 5 semanas, mas a turma do 9º período segue sem perspectiva.
“Essa espera pode ser de 6 meses a 1 ano, caso nada seja feito. Se a minha turma não entrar, em Abril teremos 3 turmas de 9º período amontoadas esperando por vaga de estágio. O MP já está ciente e corre uma denúncia lá feita pelos alunos. O CRM tbm. Só que essas coisas demandam tempo, coisa que não temos”, explica o estudante.
Os estágios podem ser realizados em hospitais como o Tarcísio Maia, Maternidade Almeida Castro, nas UBS da cidade, no SAMU, no PAN, no entanto, todos afirmam não terem mais condições de receber estudantes.
O MOSSORÓ HOJE entrou em contato com a assessoria da UERN e aguarda um posicionamento sobre a questão.