19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
MOSSORÓ
ANNA PAULA BRITO
22/01/2021 12:23
Atualizado
24/01/2021 11:20

“Bombeiro Amigo do Peito” passará a realizar coleta de leite materno em Mossoró

O programa, que já havia sido implementado em fase experimental na cidade, em 2020, foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (22). Com a iniciativa, as mães lactantes que produzem leite excedente e têm interesse em fazer doação não precisaram se deslocar até o Banco de Leite de Mossoró, mas realizar um cadastro para que uma equipe do Corpo de Bombeiros se desloque até a sua residência e colete a doação.
“Bombeiro Amigo do Peito” passará a realizar coleta de leite materno em Mossoró. O programa, que já havia sido implementado em fase experimental na cidade, em 2020, foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (22). Com a iniciativa, as mães lactantes que produzem leite excedente e têm interesse em fazer doação não precisaram se deslocar até o Banco de Leite de Mossoró, mas realizar um cadastro para que uma equipe do Corpo de Bombeiros se desloque até a sua residência e colete a doação.
FOTO: ANNA PAULA BRITO

O programa “Bombeiro Amigo do Peito” foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (22), na cidade de Mossoró. A ação consiste na coleta de leite materno nas residências de doadoras e entrega ao Banco de Leite da cidade. Em Mossoró, o projeto chega com uma novidade: o aplicativo exclusivo doado pela empresa Dunas Tecnologia, que vai permitir o mapeamento e facilitar a busca do leito nas residências.

O programa que já existe desde o ano de 2002 na região Metropolitana de Natal, foi implantado em Mossoró no ano de 2020, de forma experimental. A ideia era entender se realmente havia demanda na cidade que justificasse sua realização.

Somente no período de testes, os bombeiros realizaram 64 visitas, coletando 29 litros de leite de 30 doadoras e beneficiando um total de 67 recém nascidos.

Em Mossoró, o programa vai suprir a demanda de consumo da Maternidade Almeida Castro que tem, em média, 45 bebês internados por dia. Destes, cerca de 15 nascem com baixo peso e necessitam receber doações de leite.

Segundo Capitão dos Bombeiros Joilton Cunha, que será responsável pelo “Bombeiro Amigo do Peito” na cidade, com a implementação oficial, o programa passará a contar com uma viatura exclusiva para coleta das doações.

Essa coleta será realizada duas vezes por semana, nas terças e sextas, e chegará a todos os bairros da cidade onde haja mães cadastradas para realizar doações.

Para se cadastrar, as doadoras podem entrar em contato pelo número 193 do corpo de bombeiros, se dirigir ao Banco de Leite ou, ainda, baixar o aplicativo “Banco de Leite de Mossoró”, que foi desenvolvido para atender a esta demanda e deve estar disponível para download na próxima segunda-feira (25).

Joilton ainda explica que estas mães cadastradas receberão os recipientes para a coleta do leite e também instruções de como essa ordenha deve ser realizada, bem como a forma correta de armazenar o alimento até a visita da equipe para recolhê-lo.

O Coronel Luiz Monteiro, comandante geral do CBMRN, ressaltou a importância do programa que já está perto de completar 20 anos de existência.

Segundo ele, o programa tem o objetivo de salvar vidas e proporcionar aos bebês cujas mães, porventura, não tenham condições de amamentá-los, a oportunidade de sobreviver, visto que o leite materno é uma importante fonte de nutrientes.

Ainda de acordo com o Coronel, a intenção é que até o final do ano existam três viaturas realizando diferentes rotas de coletas na cidade de Mossoró.

O BANCO DE LEITE DE MOSSORÓ

Edilene Torquato, responsável pelo Banco de Leite de Mossoró, explica que, atualmente, elas não conseguem fazer estoque de leite devido a baixa quantidade que é doada.

Em média, são arrecadados de 8 a 10 litros de leite por dia, vindos de cerca de 30 doadoras. A quantidade é consumida totalmente pelos bebês internados na UTI da Maternidade Almeida Castro.

Segundo ela, a expectativa com a chegada do programa é que muito mais doações possam ser realizadas, visto que algumas mulheres até desejam fazer a doação, mas não têm condições de se deslocar até o Banco de Leite.

“Nós temos uma situação de muito leite que é desperdiçado na casa da doadora, porque o congelador que ela tem é único pra tudo na casa dela. Aí ela tira um vidro de leite e se não tiver quem vá buscar, ela joga fora. E assim, com os bombeiros já está facilitando e vai facilitar ainda mais essa coleta, não havendo prejuízo”, diz.

Edilene ainda explica que todo o leite colhido e doado que chega ao Banco de Leite ele passa por um processo de purificação, ou seja, ele é isento de bactérias, 100% saudável para que a criança não corra nenhum risco.

Para se cadastrar como doadora, a mãe precisa ser saudável, estar amamentando o próprio filho e querer doar o excedente.


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