A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid-19, para uso amplo, nas Américas.
A primeira vacina registrada oficialmente no Brasil é a da Pfizer/BioNTech. O registro definitivo autoriza a importação da vacina para o país.
A informação foi comunicada nesta terça-feira (23), por meio de nota divulgada à imprensa e no site da Anvisa.
Apesar de concedido o registro definitivo, a vacina da Pfizer/BioNTech ainda não está disponível em solo brasileiro.
“O imunizante do Laboratório Pfizer/BioNTech teve sua segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro. Esperamos que outras vacinas estejam em breve sendo avaliadas e aprovadas. Esse é o nosso compromisso.", disse o Diretor-presidente Antonio Barra Torres.
Desde o início da vacinação no Brasil, apenas as vacinas de Oxford e a CoronaVac, ambas com autorização de uso emergencial, estão sendo aplicadas na população brasileira.
As duas serão produzidas no país, por meio de acordos de transferência de tecnologia entre as fabricantes (AstraZeneca e Sinovac, respectivamente) e instituições brasileiras (Fiocruz e Butantan).
Já a vacina da Pfizer não será fabricada em solo brasileiro, apenas comprada diretamente do fabricante. O Ministério da Saúde não informou quando deverá adquirir doses do imunizante.
POLÊMICA
A vacina da Pfizer está no centro das polêmicas envolvendo o descaso do governo federal quando a aquisição de vacinas contra a Covid-19.
No início do ano, a farmacêutica disse ter oferecido 70 milhões de doses da vacina ao governo brasileiro para entrega ainda em dezembro, mas a oferta foi recusada.
O Ministério da Saúde disse que as doses propostas pela Pfizer causariam "frustração" aos brasileiros.
O governo também afirmou que não comprou a vacina devido a uma cláusula no contrato prevendo que a Pfizer não se responsabilizaria por efeitos adversos graves do imunizante.
No domingo (21), a pasta afirmou em nota que esperava até a próxima sexta-feira (26) uma orientação do Palácio do Planalto sobre como solucionar o impasse nas negociações das vacinas da Pfizer e da Johnson – que também pediu isenção de responsabilidade por eventuais efeitos adversos graves.
VEJA ÍNTEGRA DA NOTA DA ANVISA:
"Como Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, informo com grande satisfação que, após um período de análise de dezessete dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid 19, para uso amplo, nas Américas.
O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro.
Esperamos que outras vacinas estejam em breve, sendo avaliadas e aprovadas.
Esse é o nosso compromisso." Diretor-presidente Antonio Barra Torres
Entre as autoridades de referência pela Organização Pan-Americana da Saúde OPAS), a Anvisa é a primeira a conceder o registro de uma vacina Covid-19, com 7 (sete) locais de fabricação certificados, refletindo a dedicação, planejamento e compromisso da Agência com o combate a pandemia. O registro abre caminho para a introdução no mercado de uma vacina com todas as salvaguardas, controles e obrigações resultantes dessa concessão. Diretora Meiruze Freitas.