25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
MOSSORÓ
CEZAR ALVES
26/02/2021 17:20
Atualizado
26/02/2021 17:29

Com os interventores, maternidade já realizou 35.322 mil partos

Em seis anos de intervenção judicial, o Hospital Maternidade Almeida Castro foi transformado, tendo salvo a vida de muitos bebês. Dos 35.322 partos realizados, 4.806 são de bebês prematuros e 3.697 de baixo peso, que precisaram e tiveram apoio especializado de UTI Neonatal, Ucinco e Ucinca, além do trabalho de aleitamento materno
FOTO: CEZAR ALVES

O Hospital Maternidade Almeida Castro, gerido pela APAMIM, em Mossoró, no período de 2015 a janeiro de 2021, em que esta instituição está sendo administrada por uma junta de intervenção judicial da Justiça Federal, realizou 35.322 partos, sendo que deste total 4.806 bebês nasceram prematuros e 3.697 com baixo peso.

Em outubro de 2014, quando o trabalho dos interventores judiciais teve início, o Hospital Maternidade Almeida Castro estava fechado e com dívidas de dezenas de milhões junto a várias instituições, inclusive federais, aos mais de 300 servidores da casa, além da instituição está sendo usada para desvios de recursos públicos.

A missão dos interventores é reabrir os serviços de obstetrícia (naquela época, as mulheres de Mossoró estavam sendo levadas para ter seus bebês em Russas e teve casos de mulheres que o beber morreu na barriga da mãe), colocar os salários em dia, reformar a estrutura, pagar as contas junto as instituições e concluir criando uma nova composição para APAMIM.

O primeiro passo foi reabrir os serviços e pagar os servidores, mesmo que parcelado. Também foi negociado as dívidas junto aos bancos, COSERN, Receita Federal, CAERN, entre outros. A origem dos recursos, desde o início, é Sistema Único de Saúde, com a contrapartida prevista em Lei da Prefeitura de Mossoró e a do Governo do Estado.

Este ficou consignado em decisão judicial conjunta em audiência no dia 28 de setembro de 2016. Com a sentença, o trabalho fluiu. Foram abertos os serviços de obstetrícia, com os suportes de UTI adulto, UTI neonatal, UCINCo, UCINCa, Casa da Mãe Curuja (local que as mães que estão com seus bebês internados ficam hospedas com tudo pago pela casa), Serviço de Aleitamento Materno, Laboratório, Farmácia e o setor de Gestação de Alto Risco.

Também foram abertos os serviços de nutrição, lavanderia, esterilização, limpeza e manutenção. Os interventores também contrataram uma empresa de construção civil para iniciar a reforma para comportar os serviços prestados à população de Mossoró e região. Atualmente a Maternidade Almeida Castro realiza uma média de 20% partos ao dia, sendo que 45% de Mossoró e 55% de outras cidades da região.

Passados 6 anos de trabalho dos interventores, o Hospital Maternidade Almeida Castro vive outro cenário. Foi reformado por dentro (falta algumas alas ainda) e por fora, dívidas foram pagas aos bancos, aos servidores e fornecedores. O que falta, a equipe do advogado Gustavo Lins está formalizando as negociações no processo e programando os pagamentos.

No cenário, agora consta dois centros cirúrgicos (sendo um exclusivo para obstetrícia), 9 leitos de UTI adulto, 17 leitos de UTI neonatal, 15 leitos de UCINCo, 18 leitos de UCINCa, cerca de 30 leitos dedicados a gestação de alto risco, 20 leitos de Mãe Coruja, além de vários programas interno, entre estes, o mais importante é de aleitamento materno. São 180 leitos.

Dos 35.322 partos realizados durante este período de 2015 a janeiro de 2021, pelo menos 4.806 partos são de bebês que chegaram ao mundo prematuros e 3.697 de bebês com baixo peso, que para ter chances de crescer com saúde, precisam, essencialmente do suporte de UTI neonatal, UCINCo, UCINCA e todo um trabalho interno de aleitamento materno.


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