16 ABR 2024 | ATUALIZADO 15:47
NACIONAL
COM INFORMAÇÕES DO G1
18/03/2021 09:03
Atualizado
18/03/2021 09:03

Ministro encerra tramitação de recurso e Queiroz será posto em liberdade

A decisão também vale para a mulher dele, Márcia Aguilar. Os dois são investigados pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de "rachadinha" (confisco de parte dos salários de assessores) no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. O ex-assessor é apontado como operador do esquema.
FOTO: REPRODUÇÃO

O ministro Gilmar Mendes encerrou nesta quarta-feira (17) a tramitação no Supremo Tribunal Federal de um recurso da defesa que pedia a libertação de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Queiroz foi preso em desdobramento das investigações do caso das chamadas "rachadinhas" no gabinete do senador.

Segundo Gilmar Mendes, após a decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na terça-feira (16), pela qual foi concedida liberdade a Queiroz e à mulher dele, Márcia Aguiar, não há mais o que ser julgado pelo STF.

Antes da decisão de Gilmar Mendes, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro expediu nesta quarta os alvarás de soltura do casal.

Para o ministro, deve prevalecer o entendimento do STJ. “A decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça se mostra mais benéfica aos pacientes do que a decisão liminar [provisória] de minha lavra, já que não determina a prisão domiciliar entre as cautelares diversas fixadas, devendo, portanto, prevalecer”, escreveu.

Em agosto do ano passado, Mendes determinou nesta ação a prisão domiciliar do casal, depois de o ministro Felix Fischer, do STJ, ter confirmado a prisão.

O TJ-RJ ainda vai avaliar quais medidas cautelares serão fixadas para os dois, que podem ter que usar tornozeleira eletrônica e serem proibidos de se comunicar com outros investigados.

Queiroz e Márcia são investigados pelo Ministério Público do Rio por suposta participação no esquema de "rachadinha" (confisco de parte dos salários de assessores) no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

O ex-assessor é apontado como operador do esquema. Com os dados obtidos na quebra de sigilo, o Ministério Público afirma que Queiroz fazia pagamentos de contas pessoais de Flávio e da família dele, que o senador usava a loja de chocolates dele para receber recursos obtidos na “rachadinha” e depois retirava como se fosse lucro e ainda compra de imóveis usando dinheiro vivo em operações suspeitas.

O Ministério Público afirma que Flávio Bolsonaro desviou mais de R$ 6 milhões dos cofres da Alerj. A denúncia do MP está sob risco depois que o STJ decidiu anular as quebras de sigilo bancário e fiscal determinadas no caso. Isso porque a acusação usa esses dados. A PGR recorreu dessa decisão para que o STF decida sobre o caso.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário