03 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:27
NACIONAL
24/03/2021 17:15
Atualizado
24/03/2021 17:15

Brasil ultrapassa a marca de 300 mil vidas perdidas por causa da Covid-19

O dado foi atualizado às 17h desta quarta-feira (24), pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa, com base nos dados enviados pelas secretarias de saúde dos estados. Casos confirmados de Covid-19 são 12.183.338.
Brasil ultrapassa a marca de 300 mil vidas perdidas por causa da Covid-19. O dado foi atualizado às 17h desta quarta-feira (24), pelo Consórcio dos Veículos de Imprensa, com base nos dados enviados pelas secretarias de saúde dos estados. Casos confirmados de Covid-19 são 12.183.338.
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O Brasil atingiu a marca de 300.000 vidas perdidas para a Covid-19. O número foi atingido às 17h desta quarta-feira (24), mesmo após as mudanças no sistema de notificação do Ministério da Saúde, que causaram atrasos no registros de mortes.

Nesta terça-feira (23), pela primeira vez, houve mais de três mil mortes provocadas pela doença em apenas 24 horas. A marca também acontece em um momento de colapso nos hospitais, tanto públicos quanto privados. UTIs superlotadas desafiam profissionais de saúde já esgotados.

Com dados novos de 10 estados (AL, BA, GO, MG, MS, MT, PR, RN, SP e TO) desde a véspera, o país soma agora 300.015 óbitos. Casos confirmados de Covid-19 são 12.183.338.

Os níveis de contágio seguem elevados, e governadores e prefeitos tentam conter o avanço do vírus com medidas mais duras de restrição. Ainda assim, o Brasil não chegou a viver nenhum tipo de lockdown completo, como ocorreu em outros países. Sem direcionamento nacional efetivo para lidar com a pandemia, medidas de isolamento seguem sendo desrespeitadas em larga escala.

Esses números poderiam ser ainda maiores não fosse uma mudança no sistema de notificação do Ministério da Saúde – que as secretarias estaduais de saúde dizem que será abandonada – que passou a exigir mais dados sobre cada vítima da doença no país.

Essa mudança reduziu o número de mortes informadas nesta quarta. São Paulo, por exemplo, notificou 281 mortes nesta quarta – a média até então era de 532 mortes por dia. Na terça, foram 1.021. Mato Grosso do Sul informou 20 mortes, ante uma média diária de 29.

Os índices de ocupação de leitos de UTI no Brasil têm 'quadro extremamente crítico'. Com exceção do Amazonas e de Roraima, todos os demais estados estão na classificação de "alerta crítico" de lotação, segundo a Fiocruz.

A ameaça de falta de oxigênio hospitalar preocupa autoridades e a população. Seis estados são os mais críticos para falta de oxigênio, segundo a Procuradoria-Geral da República: AC, RO, MT, AP, CE e RN. Outros sete estão em estágio de atenção: PA, BA, MG, SP, PR, SC e RS.

Entidades da saúde estão em alerta para uma potencial crise de desabastecimento dos chamados 'kits intubação'. Medicamentos estão em baixo estoque, e a alta no preço deles chega a 1.700%.

O ritmo de vacinação no país está baixo, segundo especialistas, e também preocupa. Pela 6ª vez, o governo reduziu a previsão de doses das vacinas a serem disponibilizadas.

O ritmo de vacinação ainda é lento, as mudanças no calendário de imunização e para a chegada de novas doses, além da escassez da vacina em todo mundo, dificultam a perspectiva de controle da doença.

O Brasil é o país com o maior número diário de mortes por Covid-19 desde 5 de março, quando ultrapassou os Estados Unidos. Entre as cinco nações com mais óbitos, o Brasil sempre teve uma média de mortes próxima à de México, Índia e Reino Unido.

Desde janeiro, quando o presidente norte-americano Joe Biden tomou posse e intensificou a política de vacinação, os EUA reduziram drasticamente o número diário de mortes. Enquanto isso, o Brasil passou por considerável piora nos números da pandemia. Hoje, o país tem mais mortes do que todos os 27 países da União Europeia somados.

ESCALADA DE MORTES

O registro do primeiro óbito por Covid-19 no Brasil ocorreu em 12 de março. Foram necessários 149 dias para que o número chegasse a 100 mil – marca atingida em 8 de agosto do ano passado.

De 100 mil mortos a 200 mil, em 7 de janeiro, foram outros 152 dias. O ritmo crescente dos contágios visto desde o começo do ano fez com que caísse para apenas 76 dias o intervalo até as últimas 100 mil mortes que possibilitaram a marca de 300 mil desta quarta-feira.

O ritmo assustador na alta de mortes traz consigo outras marcas tristes. A média móvel de óbitos completou 25 recordes seguidos até a terça-feira (23), quando chegou a 2.349.


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