Os diretores dos principais hospitais de Mossoró se mostram preocupados com a escassez de medicamentos como bloqueadores musculares e sedativos na indústria farmacêutica nacional.
Esta escassez ocorre, em nível nacional, pela alta demanda de casos de internações em UTI, ocasionado pelo recrudescimento da covid19 nas últimas semanas no País.
O problema, considerado de alta gravidade, já afeta diretamente os hospitais públicos, privados e filantrópicos em Mossoró, que já enfrentam dificuldades para comprar medicamentos como Rocurônio (bloqueador muscular) e Propofol (sedativo).
Para os diretores entrevistados pelo MOSSORO HOJE, a ausência destes dois medicamentos coloca em risco a vida de quem está internado ou quem precisa da internação em UTI.
A diretora geral da APAMIM, Larizza Queiroz, que administra o Hospital Maternidade Almeida Castro e o Hospital de Campanha São Luiz, em Mossoró, já falou da sua preocupação com essa situação e cobra providências das autoridades e mais responsabilidade da população.
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Preocupação parecida partiu da diretora geral do Hospital Regional Tarcísio Maia. Para ela, a falta de medicação básica para intubação já é uma terrível realidade. “Quando começa a escassear a oferta desses medicamentos, o problema se agrava e isto já está começando a acontecer aqui nos nossos hospitais. Os fornecedores diante da alta procura não estão tendo condições de suprir a demanda que é nacional” afirma Herbênia Ferreira.
A diretora relata que a falta de medicamentos básicos é preocupante nesse momento de lotação dos leitos de UTI covid19. Muitas vezes os hospitais possuem os recursos para comprar as medicações, mas não encontram fornecedores com os medicamentos disponíveis. Isto, em função, principalmente, da alta taxa de transmissão do vírus no RN.
Confira gráfico
Em alguns casos, a solução local para resolver questões de falta de medicamentos em Mossoró, é resolvido através de parceria entre os hospitais. Ela comenta que o Hospital Tarcísio Maia e ao Hospital são Luiz, por exemplo, trabalham com um sistema de permuta desses insumos para garantir o atendimento de pacientes nas duas unidades.
Para Herbênia Ferreira, assim como para Larizza Queiroz, o importante nesse momento é conter a transmissão do vírus para que a situação não fique mais grave. “Importante que as pessoas entendam a situação e cada vez mais possam aderir ao isolamento social para que a gente consiga minimizar a circulação do vírus e reduzir o número de internações” diz.
Soma-se a esta questão, a falta de equipamentos básicos de UTI, como Bombas de Infusão e respiradores disponíveis no mercado, e a incapacidade de ampliar a produção de oxigênio na mesma proporção do consumo das unidades de saúde de atendimento covid19, em especial os leitos clínicos.
Números em Mossoró
Hospital São Luiz
50 leitos de UTI covid19
20 leitos clínicos de UTI covid19
Hospital Rafael Fernandes
10 leitos de UTI covid1
Hospital Regional Tarcísio Maia
09 leitos de UTI covid19
7 leitos clínicos covid19
Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Belo Horizonte
25 leitos clínicos
05 salas vermelhas
Todos lotados
Obs: 90 pacientes em fila por UTI no sistema Regula RN
Resumo dos dados relacionados à Covid-19 no Rio Grande do Norte:
Dados parciais – 26 de Março de 2021.
Casos:
Confirmados: 191.752
Suspeitos: 70.955
Descartados: 405.740
Óbitos:
Confirmados: 4.354
19 óbitos confirmados ocorridos nas últimas 24h e notificados:
Natal (08), Mossoró (03), Apodi (01), Pendências (01), São José de Mipibu (01), Santa Cruz (01), Parnamirim (01), Ipueira (01), Areia Branca (01) e Santo Antônio (01).
Suspeitos: 944
Descartados: 723
Acesso aos Boletins: https://portalcovid19.saude.rn.gov.br/
Pandemia em números atualizados
Mundo: 2.757.339
Brasil: 303.462
Rio Grande do Norte: 4.54
Mossoró: 330