Após 139 dias de greve, os professores da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) acataram recomendação do Comando Nacional e decidiram pela suspensão imediata da paralisação.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (14) em assembleia nos quatro campi da instituição.
Segundo o professor Thiago Arruda, diretor da Associação dos Docentes, “a ampla maioria decidiu por aceitar o fim da greve, mas isso não significa que aceitamos a proposta do governo”.
A categoria reivindicava reajuste salarial de 27,3%, mas a proposta máxima oferecida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão foi de 10,8%.
Dentre outras exigências dos professores federais, estavam os cortes considerados abusivos na Educação, que deixou a Ufersa com cerca de R$ 12 milhões a menos no orçamento. Este foi um dos pontos considerados vitoriosos durante a greve. Thiago explicou que, se não fosse a paralisação, os cortes teriam sidos maiores.
“Apesar de não ter assinado o acordo com o governo, tivemos sim, algumas vitórias. Teve o ataque à Educação, com os cortes, privatização e suspensão de concursos. Acreditamos que, se não fosse a greve, teria sido pior”, comentou.
Indagado sobre a possibilidade de retomada da greve em um futuro próximo, o diretor ressalta: “Não está em discussão”.
Retorno às aulas
Thiago Arruda esclarece que o retorno às aulas deve acontecer ainda neste mês, uma vez que a decisão dos professores foi de suspensão imediata da greve. Para isso, é necessário que os Conselhos Superiores elaborem o novo calendário acadêmico.
“Pode ser que voltemos na segunda que vem ou na outra segunda. Depende dos Conselhos”, informou.
Logo após a assembleia que decidiu pelo fim da greve dos professores, o Conselho Universitário (Consuni) emitiu um comunicado convocando todos os conselheiros para reunião extraordinária a ser realizada na quinta-feira (15).
A pauta é a apreciação e deliberação sobre a continuidade do calendário acadêmico 2015.1