29 ABR 2024 | ATUALIZADO 17:14
NACIONAL
12/05/2021 16:46
Atualizado
12/05/2021 19:09

Por mentir a CPI da Covid relator pede prisão de Fabio Wajngarten

Ao ser questionado sobre o envio da carta da Pfizer ao governo federal, o ex-secretário afirmou que teve conhecimento da carta no dia 9 de novembro por meio do CEO da farmacêutica.

A CPI da Covid ouviu nesta quarta-feira (12) o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten. Ele foi incluído no plano de trabalho da comissão após uma entrevista concedida entrevista à revista Veja em que responsabilizou o Ministério da Saúde, durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello, pela demora na compra das vacinas da Pfizer.

Durante o depoimento, o relator Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a mencionar que pediria a prisão de Wajngarten se fosse comprovado que ele mentiu aos senadores.

Ao ser questionado sobre o envio da carta da Pfizer ao governo federal, o ex-secretário afirmou que teve conhecimento da carta no dia 9 de novembro por meio do CEO da farmacêutica. A carta da Pfizer foi enviada ao presidente Jair Bolsonaro e membros do governo federal em 12 de setembro.

"No momento me que o presidente da Pfizer me ligou, peguei autorização com o ajudante de ordens e por volta das 14h30 falei ao presidente que estava com o presidente da Pfizer. Ele [Bolsonaro] despachava com o Paulo Guedes. Guedes conversa rapidamente com o presidente da Pfizer e diz que 'é esse o caminho' e o presidente escreve no papel 'Anvisa', então quando fosse aprovado pela Anvisa seria comprada. Isso aconteceu em 9 de novembro", disse Wajngarten.

Enquanto o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) questionava Wajngarten, Calheiros pediu a palavra e disse que o depoimento do ex-secretário se encaminhava para um "terreno muito ruim" e mencionou um possível pedido de prisão.

"Aqui estiveram dois ex-ministros que confirmaram a existência de uma consultoria paralela. Feita a pergunta ao depoente, ele disse desconhecer a existência, mas é o contrário. Vossa excelência é a prova da existência dessa consultoria. Vossa excelência é a primeira pessoa que incrimina o presidente da República, porque iniciou uma negociação em nome do Ministério da Saúde, como secretário de Comunicação, se dizendo em nome do presidente", afirmou o relator da CPI.

"Queria sugerir a vossa excelência, presidente (Omar Aziz)requisitar o áudio da entrevista à revista Veja para verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu", completou.

"Se ele não mentiu (à CPI), a revista Veja vai ter que pedir desculpas a ele. Se ele mentiu, terá desprestigiado a mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo. Se ele mentiu a esta comissão, vou requerer na forma da legislação processual a prisão do depoente, apenas para não dizerem que não estamos tratando a coisa com a seriedade que essa investigação requer."

Com informações da CNN Brasil


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário