A Fundação Oswaldo Cruz e o Ministério da Saúde preparam nesta segunda-feira (31) a assinatura do contrato de transferência tecnológica para produzir do Insumo Farmacêutico Ativo, o IFA, matéria prima para a vacina da AstraZeneca no Brasil. A celebração do acordo era esperada para o ano passado mas enfrentou sucessivos atrasos. Após cinco meses de espera, finalmente o acordo será firmado.
A decisão por uma cerimônia oficial mesmo com a demora nos ajustes da papelada é mais uma tentativa de demonstração pública do envolvimento do governo federal com a batalha pelas vacinas, em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro é cobrado sobre a demora para adquirir vacinas.
Os diretores e técnicos da fundação tentam, no entanto, se distanciar da postura mais crítica que foi adotada pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo e levar a discussão da vacina para o campo técnico. Na leitura de pessoas que trabalham ativamente nas negociações internacionais, a divulgação precipitada, por exemplo, da importação de doses prontas da Índia atrapalhou o processo.
O contrato de transferência de tecnologia é peça fundamental para a independência do Brasil na produção de vacinas da AstraZeneca. Ele garante o direito da Fiocruz produzir e entregar o imunizante e ainda dá as diretrizes sobre a fórmula e o passo a passo da produção, de modo que o Ingrediente Farmacêutico Ativo não precisará mais vir importado da China.
Com informações da CNN Brasil