29 ABR 2024 | ATUALIZADO 12:17
NACIONAL
02/06/2021 10:47
Atualizado
02/06/2021 11:01

Governador do AM e secretário de saúde são alvos de buscas da PF

De acordo com os elementos de prova, Wilson Lima não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade. O STJ autorizou ainda a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (02) a quarta fase da Operação Sangria, por meio da qual são investigados o Governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e o secretário de Saúde Marcellus Campêlo que é um dos alvos de mandado de prisão. O Secretário não foi encontrado em dois endereços nos quais foi procurado.

A PF investiga fatos relacionados a possíveis práticas de crimes, como pertencimento a organização criminosa, fraude a licitação e desvio de recursos públicos.

A ação da Polícia Federal visa a cumprir 25 mandados judiciais, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária, cumpridos na cidade de Manaus/AM e Porto Alegre/RS, além de sequestro de bens e valores.

Os agentes fazem busca na casa do governador, na sede do governo do Amazonas, na Secretaria de Saúde, na casa do secretário de saúde e na casa do dono do Hospital Nilton Lins e no Hospital Nilton Lins.

De acordo com os elementos de prova, Wilson Lima não atende às necessidades básicas de assistência à população atingida pela pandemia COVID-19, bem como coloca em risco de contaminação os pacientes e os funcionários da unidade.

O STJ autorizou ainda a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador e do secretário de Saúde.

Além da ação da PF, Wilson Lima enfrenta na manhã desta quarta-feira (9) o julgamento, pela Corte Especial do STJ, de uma denúncia por supostas fraudes na compra de respiradores.

No ano passado, o governo comprou respiradores, sem licitação, de uma importadora de vinhos. O vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida, também responde à denúncia, junto com outras 16 pessoas.

O Governador e o secretário de Saúde, estão entre os convocados para depor na CPI da Covid do Senado, que investiga a atuação do governo federal na pandemia e o uso de recursos federais por estados e municípios.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.

Com informações da PF.

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